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sábado, 8 de junho de 2019

Por que eu não me candidato a nenhum cargo público?

Um grande amigo, que inclusive é um pastor que eu respeito muito, acabou de me questionar por que eu não me candidatava a um cargo público (político). Já que eu tenho um bom conhecimento sobre questões políticas e ainda leciono sobre Filosofia Política.

Eu o respondi:

Entendo as suas perguntas, mas eu não nasci para ser Garça, andar o tempo inteiro no meio da lama, nos mangues da vida e não se sujar. Política é esse lamaçal... veja Bolsonaro, criticou o PT, o PSDB e o governo Temer por negociar com o congresso Nacional e na semana passada liberou 1 bilhão em emendas parlamentares, dando 40 milhões de reais para cada deputado aprovar a Reforma da Previdência que vai tirar os direitos da população pobre, simplesmente para agradar o mercado financeiro.

Não tenho nem nunca tive pretensões políticas, apesar de amar discussões sobre o tema, adoro ler filósofos políticos como Noberto Bobbio, amo lecionar, como estou fazendo, sobre "Formas de Governo" e sobre "Política bem comum ou exercício de poder?", além de adorar analisar grandes teorias políticas no decorrer da História da Filosofia, como as de Maquiavel, Hobbes, Lock, Adam Smith, Marx, da Escola de Frankfurt e dos neoliberais modernos.

Mas não quero me envolver na política porque amo amizades verdadeiras e odeio puxa-sacos interesseiros, que é o que têm os políticos. Prefiro ouvir de um amigo ou um crítico, eu não concordo com você, com seu ponto de vista, do que receber falsos tapas nas costas daqueles que se relacionam conosco só na intenção de receber algo em troca. Quero amizade, não bajuladores!

Também nao quero me envolver na política, porque conheço o jogo político, sei muito bem como funciona uma democracia de coalizão, que é a que temos no Brasil, que é aquela que o Poder Executivo (presidente da República, Governadores e Prefeitos) precisam ter maioria no Legislativo para governar e terminar o seu mandato, porque tendo minoria, estão passivos a receber um processo de impeachment, como o ocorrido com a Dilma. Não quero viver me vendendo (no Legislativo) para ter dinheiro e um punhado de emprego para comprar eleitores, muito menos comprar apoio dos outros para ter governabilidade. Por mais que eu sonhe com a moralização da política, não pretendo viver nesse lamaçal de corrupção e improbidade administrativa.

Não quero ser político porque amo a sinceridade, por mais que ela doa, do que a Demagogia e a Hipocrisia, que é o que reina nos discursos dos políticos. Muito menos quero ser um moralista de goela, que são aqueles que criticam os demais políticos pela postura nefasta, mas quando assumem o poder fazem pior do que os que eles outrora criticavam. No verdadeiro "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".

Não quero entrar na política, porque estou do lado do pobre e dos menos afortunados. Enquanto os políticos estão do lado de banqueiros, empresários, empreiteiros e exploradores dos menos favorecidos. E ainda governam e legislam para eles. Eu tenho lado sim. E meu lado é o lado do povo sofrido e extorquido. Nunca dos exploradores e financiadores das campanhas dos corruptos.

Vou seguir o Conselho do meu grande amigo que me fez a pergunta: vou continuar escrevendo, dando aulas e alertando a população, porque para ele e para mim, isso é uma forma de pregar o evangelho. De pregar as boas novas. Uma pregação social que denúncia a política imunda que infelizmente o Brasil está imerso.

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