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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Seria Paulo Freire um energúmeno?

 

O presidente da República do Brasil chamou o educador e filósofo brasileiro que também é patrono da educação[1], Paulo Freire, de energúmeno[2] e ainda disse que as baixas notas de estudantes no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) era culpa de seu método de ensino.

Segundo o dicionário Priberam[3], a palavra energúmeno significa pessoa possuída pelo demônio (possessa), pessoa exaltada, desequilibrada por paixão, obsessão, intolerante e desatinado.

Até os críticos de alguns pontos da teoria de Paulo Freire, obviamente aqueles que de fato leram-no, esses não são o presidente da República e seus seguidores apaixonados que não possuem nem a capacidade cognitiva para lê-lo, nunca usariam tão baixo adjetivo para descrever uma pessoa de suma importância no campo educacional do Brasil e do mundo.

Paulo Freire foi o contrário de tudo que a palavra energúmeno significa. Era cristão apaixonado pelos pobres e oprimidos!

Em 1963, criou um método de ensino fantástico capaz de alfabetizar 300 alunos adultos em 40 horas, fez educandos lerem, escreverem e verem a vida de maneira crítica e se reconhecerem como sujeitos de sua história.

Apesar de conhecer as obras de Paulo Freire, como educador, tenho o objetivo de continuar lendo-o, por isso posso garantir que a fala do presidente da República, do ministro da Educação e do guru da Virgínia nada mais é que ignorância de quem nunca leu uma página do que Freire escreveu e teorizou.

Alguns lugarejos brasileiros tiveram-no como base pedagógica em princípio em 1963, um ano antes do golpe militar e depois, nos anos 90, houve algumas poucas tentativas, pois sua pedagogia do oprimido foi proibida nos anos de chumbo da Ditadura Militar, e ele teve que ser exilado para não morrer. Então o que os incultos desconhecem é que no Brasil não se usa o método de ensino de Freire.

Suas teorias nunca foram política do estado brasileiro, muito menos nos governos petistas, como muitos incautos afirmam.

Paulo Freire pregava uma educação crítica baseada no contexto social de cada educando, não só ensinava a palavra em si, por exemplo, o termo "TRABALHO", como também orientava a escrevê-la, o seu significado, as lutas de classes, quem eram trabalhadores e os patrões, o que cada aluno produzia com seu trabalho e etc., além do mais importante é que cada um podia ensinar com a sua história de vida e experiência cotidiana.

A pedagogia do oprimido gera uma educação crítica com base no contexto social do aluno colocando-o também como professor através da sua experiência de vida.

Freire dizia que "Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que as proporcionasse perceber as injustiças sociais de maneira crítica". E era isso que ele propunha uma educação crítica para os oprimidos.

Seu método de ensino é tão revolucionário que ele é o terceiro teórico mais citado do mundo em trabalhos acadêmicos. Todas as mais importantes universidades do mundo oferecem cursos sobre ele e estudam-no.

Dificilmente haverá um debate no Brasil e no mundo sobre educação sem citar Paulo Freire, sem reconhecer sua grandeza e sua importância.

Em contrapartida, como é horrível ver pessoas incapazes de lerem um livro de autoajuda, um romance ou até mesmo um gibi querendo atacar nosso maior educador, sem terem as mínimas condições mentais de lerem-no, de refletirem sobre o que teorizou e incapazes de viver como Freire viveu.




[1] Paulo Freire foi elevado à condição de Patrono da Educação Brasileira em 2012, no governo de Dilma Rousseff.

[2]Veja a matéria: https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/12/16/bolsonaro-chama-paulo-freire-de-energumeno-e-diz-que-tv-escola-deseduca.ghtml.

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O aumento do Feminicídio no mundo em Tempos de Quarentena

 

Há aproximadamente duas semanas, tenho me atentado para os números da agressão contra a mulher nesses tempos de isolamento social, é fato que durante este período a violência doméstica cresceu no mundo.

Eu já afirmei em outro artigo, que a violência contra as mulheres não possui classe social, não está circunscrita à determinada região ou país, nem à renda alta ou baixa. Simplesmente está em todo o lugar. Do Japão ao Brasil, da África à Oceania.

A misoginia que é a discriminação contra as mulheres está difundida em todo o Globo e existe há milênios, sendo reforçada pela cultura patriarcal e as religiões, que notadamente, tratam a mulher como ser inferior, submisso e incapaz em relação ao homem. 

Nadine Gasman, porta-voz da ONG Mulheres no Brasil, disse: que “A violência contra as mulheres é uma construção social, resultado da desigualdade de força nas relações de poder entre homens e mulheres. É criada nas relações sociais e reproduzida pela sociedade[1]”.

O feminicídio normalmente é cometido por homens, mas, algumas vezes, também envolve membros da família da vítima – inclusive do sexo feminino. Ele difere do homicídio masculino, pois a maioria dos casos de feminicídio é cometido por parceiros ou ex-parceiros e pode envolver o abuso contínuo em casa, com ameaças ou intimidação, violência sexual ou situações onde as mulheres têm menos poder ou recursos que o homem.

Dados do Ministério da Saúde afirmam que no Brasil a cada 4 minutos uma mulher é agredida por um homem. Violência se dá em casa, com agressor conhecido. Em 2018 foram registrados 145 mil casos de violência contra a mulher, podendo ser agressão física, psicológica, sexual ou uma combinação delas. E se formos analisar as vítimas que faleceram esse número cresce mais, pois casos de feminicídio não são contabilizados nesse índice. Há também as mulheres que não fazem a denúncia por medo do agressor ou mesmo vergonha.

A Justiça do Rio de Janeiro registrou um aumento de 50% nos casos de violência doméstica durante o período de confinamento para evitar a disseminação do Covid-19[2].

O movimento no Plantão Judiciário, inclusive, surpreendeu as autoridades. A maioria das pessoas que buscaram ajuda da Justiça é de mulheres vítimas de violência.

Os Estados Unidos admitem o assustador número de violência doméstica, na Índia o número dobrou, no mundo todo os casos cresceram de maneira assustadora durante a quarentena. A ministra Damares Alves, falou que o governo vai criar um aplicativo para denunciar esse tipo de violência que foi o que mais cresceu no Brasil nesse período de confinamento. Pois deixar a vítima e o agressor confinados no mesmo local por um período enorme e que não se sabe quando acabará, só poderia de fato elevar os números da violência contra as mulheres.

É certo que a humanidade sofre com a contaminação do novo coronavírus, está na chamada “sinuca de bico”, é como diz o adágio popular “se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”. Por enquanto, o que pode ser feito para conter os números da contaminação e consequente morte de milhões de pessoas é o isolamento social, embora isso acarrete problemas socioeconômicos terríveis, como aumento da miséria e da fome e até a violência doméstica.

Espero que a pandemia do Covid-19 melhore a humanidade, nos torne mais solidários, humano e compassivo. Pois pior que já está não pode ficar! 

 


 



[2] O dado foi revelado na segunda-feira (23/03/2020) pelo RJ2.

Xenofobia um mal a ser combatido

 

 

A xenofobia é o ódio ou aversão ao estrangeiro. O xenófobo é aquele que ama demasiadamente sua pátria e odeia as outras, ou alguns grupos de países em particular. A idolatria a uma pátria pode gerar ojeriza as demais nações.

Normalmente os países menos miscigenados ou que acreditam ser descendentes de um povo mítico ou de uma raça pura, são os mais xenófobos. Que o digam o fascismo e o nazismo. Esses regimes totalitários foram expressão máxima da xenofobia.

Em contrapartida, as nações mais miscigenadas como o Brasil, são as que melhor tratam e recebem os estrangeiros.

Os Estados Unidos da América e os países da Europa despontam como o grupo de nações mais xenófobas do mundo. Dificilmente recebem os estrangeiros e emigrantes de bom grado. Normalmente fecham as portas para a maioria absoluta dos que querem permanecer, se refugiar ou morar em seu território. A ideia do presidente Donald Trump em construir um gigantesco muro para impedir a entrada de emigrantes em seu país é clara política Xenófoba.

Mas triste que a tentativa de construir o muro foi assistir o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, apoiar a construção do mesmo. Uma atitude lastimável vinda de um chefe de Estado de uma nação conhecida mundialmente por ser acolhedora e hospitaleira. A xenofobia não combina com o Brasil.

O Papa Francisco e a ONU têm conclamando os países europeus a receberem os refugiados de nações africanas e do Oriente Médio que estão em guerra. Enquanto a extrema direita que está em ascensão nesses países apregoa fecharem as portas para esses necessitados. Assim como vemos que o atual governo brasileiro não tem se mostrado receptivo em relação aos venezuelanos que a cada dia pretendem encontra refúgio no Brasil.

O que os xenófobos precisam saber é que todos somos irmãos. Não no sentido religioso e fútil do termo. Somos irmãos porque somos humanos. Distinções sociais de cor, etnia e fenótipo não mudam o que somos em termos biológico e psíquico.

Hoje são venezuelanos, sírios e sudaneses que precisam de amparo, acolhimento e amor. No passado foram brasileiros, chilenos e argentinos fugindo das suas ditaduras sanguinárias. O mundo dá voltas. Hoje precisam de nós, outrora éramos nós que precisávamos, quem sabe em breve novamente precisaremos de acolhimento e cuidado.

O ódio e o desamor ao estrangeiro – a Xenofobia – levam milhões à morte. Já levou bilhões. Já exterminou seis milhões de judeus em quatro anos. Levou milhões a escravidão. Tem levado famílias inteiras a se lançar ao mar na esperança de que no outro lado do oceano encontre alguém capaz de acolhê-los, recebê-los e talvez amá-los.

Mas a máxima do mundo infelizmente é a indiferença à dor alheia. Esquecemos que o oposto do amor não é o ódio, é a indiferença. Pois o rico não odeia o pobre. Países ricos não odeiam países pobres. Nós não odiamos os sírios e venezuelanos que estão morrendo em guerra e à míngua. Só somos indiferentes à dor deles. Não precisamos odiar para fazer mal é só não fazermos nada.

Que Deus nos livre da Xenofobia, do desamor e da indiferença! E que Ele nos perdoe por nem fazermos uma simples oração a esses irmãos tão necessitados. Que, sobretudo, arranque de nosso peito a desumanidade. Até animais acolhem e tratam outros animais, enquanto nós humanos fechamos as portas e fingimos que não vemos a dor e o sofrimento alheio.

Que sejamos livres dessa natureza egoísta, desumana e consumista! Que possamos reconhecer e investir no que tem valor e realmente importa: os seres humanos, pois são iguais a mim, a nós!




segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Repensando as atitudes que nos matam

 

O orgulho é terrível! Destrói pessoas e as relações interpessoais. A soberba, o orgulho, a vaidade e a prepotência não são humanos. Segundo as Escrituras esses sentimentos nasceram com Satanás, quando o mesmo quis exaltar-se a ponto de tomar o lugar do seu Criador. Nessa perspectiva judaico-cristã, as pessoas portadoras desses sentimentos carregam a Síndrome de Lúcifer, ou seja, as características da personalidade do Diabo!

Olha pra dentro de si e repense suas atitudes! Perceba o tanto que perdeu ao adotar esses sentimentos hostis, fez pessoas e relacionamentos irem embora, amigos se afastaram, empregos e oportunidades foram perdidos. Só ficando o que nos fez mal.

Já perdi muitas pessoas e coisas por causa do orgulho, ao assistir ao filme clássico "Advogado do Diabo" percebi o alerta quando o personagem o Príncipe das trevas disse: "Vaidade meu pecado Predileto!" e entendi que enquanto mantivermos um coração altivo acumularemos perdas irreparáveis.

 

 

Entre o Romantismo e a Sofrência

  

Segundo o dicionário online: sofrência é um neologismo da língua portuguesa, formado a partir da junção das palavras "sofrimento" e "carência", e possui um significado similar ao da expressão popular "dor de cotovelo" e/ou “dor de corno”.

A "sofrência" pode ser entendida como um estado de espírito, quando alguém se sente desiludido e triste, seja por causa de um amor não correspondido, uma decepção amorosa, traição e etc.

Esta palavra que é considerada um neologismo não se encontra no dicionário, e existe a teoria que deriva da palavra sofrença que é uma variação antiga de sofrimento.
            O romantismo é a característica do que é romântico, poético, apaixonado, com atos e gestos amorosos e de apreço a quem é o objeto desse amor.

No Brasil, as pessoas têm feito nitidamente a opção pela sofrência, músicas de apelação ao sofrimento, a desilusão e a traição são as mais tocadas em todo o país.

O resultado dessa enxurrada de canções com essa temática é o alto índice de pessoas depressivas, desiludidas no relacionamento e decepcionadas. Sem contar que as ouvem para sentir a dor do luto, perda de um grande amor, a dor pela traição e a não conquista da pessoa amada.

Eu prefiro o romantismo à sofrência. Prefiro ouvir canções românticas nacionais e internacionais que as ditas "música de corno" à moda brasileira.

Prefiro canções de Djavan, Bon Jovi, U2, e Phill Colins às músicas de Pablo do Arrocha, Joelma do Calipso e quaisquer outras duplas sertanejas que cantam canções de apelo ao sofrimento humano e a decepção nos relacionamentos.

O que ouvimos pode não parecer, mas influencia nossa vida e modo de ser!

Relacionamento em tempos de Redes Sociais

 

"Feliz aquele que pode confiar. Mais feliz ainda aquele que encontrou um parceiro confiável".


Certa feita, eu postei nas redes sociais, em tom jocoso, o seguinte “Com o advento das Redes Sociais aposentaram as ‘pombas giras’ e os ‘malandros[1]’, pois perderam sua finalidade e funcionalidade”. Quis dizer que ninguém precisava mais ir atrás do sobrenatural para conseguir a pessoa amada ou encontrar um relacionamento, pois as redes sociais e sites de relacionamentos já cumprem facilmente esse papel social que é arrumar encontros e até um possível casamento.

Com a facilidade de aproximação de pessoas para encontros casuais, paquera e um possível relacionamento sério, vem também a facilidade das decepções amorosas, traições, desamor, armadilhas e até possíveis crimes, como estelionato, roubos e assassinatos por parte do suposto parceiro virtual.

Sinceramente sou muito pessimista com essa facilidade exorbitante que as redes sociais proporcionam em relação a encontros e relacionamentos. Meu pessimismo não nega a remota possibilidade de ocorrer bons encontros. Eu já tive alguns excelentes com pessoas que mesmo eu não tendo mais aproximação, levo a amizade no coração e o carinho dos encontros que tivemos. Meu pessimismo está no fato que fica impossível confiar em alguém com tanta facilidade que possuímos para diversos encontros, com diversas pessoas, e até para aqueles que preferem sexo grupal ou sexo por sexo e nada mais.

A facilidade de nossos dias é a minha desesperança e pessimismo em relação aos relacionamentos em tempos de Redes Sociais. Entendam! Eu não estou falando somente de relacionamento que começou por meio de Redes Sociais, estou dizendo algo infinitamente mais grave que são os “Relacionamentos em tempos de Redes sociais". Não importa como você conheceu seu companheiro ou parceiro, o que importa é que vivemos tempos sombrios para nos relacionarmos. Já que o fácil é trocar, usar, não valorizar o que se tem, não ter nenhuma segurança na relação e viver na eterna desconfiança. Infelizmente, nesses tempos sombrios a facilidade da decepção, dor e traição são enormes.

A meu ver, em tempos de Redes sociais, encontrar alguém e permanecer com esse alguém numa relação saudável de fidelidade e cumplicidade é tão difícil como achar uma agulha no palheiro.

Não se iluda com a facilidade dos encontros. Pode ser garantia de sexo fácil e bons momentos. Mas nunca será garantia de um relacionamento duradouro, estável e respeitoso. Momentos de prazer não dão estabilidade nas relações. Facilidade é um mal, um vício como dizia os filósofos gregos, nunca uma virtude. A facilidade está mais para doença e degeneração do que para saúde e compreensão.

Um mundo de facilidade é um mundo da desesperança e muitos desencontros. Muita dor, sofrimento e sérios problemas existenciais e psíquicos.

Infelizmente, esse é um caminho sem volta. O mundo das facilidades acabou de começar. Basta esse meu lamento!



[1] Entidades das religiões sincréticas e de matriz africana, como a umbanda.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Uma palavra aos torcedores de políticos

 Muitos amigos queridos estão postando nas Redes Sociais  coisas  do tipo: "Milhares de votos da população contra 7 votos sem embasamento jurídico.", "A população escolheu deixa fulano governar.", "Ganhou nas urnas não poderá perde no tapetão." E outros posts similares, como se quantidade de votos fosse prova de idoneidade moral e integridade. 

Não, caro amigos. Ter milhares ou milhões de votos não absolve ninguém de mal feito em sua carreira política. Não isenta o político eleito de punibilidade por maus atos. Não exclui improbidade administrativa e muito menos crimes eleitorais porventura cometidos.

Votação expressiva nada tem a ver com reputação ilibada, com probidade e honradez. Assim como ser mal votado não significa que se é má pessoa ou que seja um atestado de incapacidade.

Em Cabo Frio onde resido e em Carapebus onde leciono ambos os vitoriosos para o executivo municipal estão com problemas na Justiça Eleitoral, e em centenas de outros lugares do Brasil os vencedores para os cargos de prefeito e vereador também foram condenados pelo TRE. Seus muitos votos não os isentam de culpabilidade assim como não me dá o direito de condená-los antecipadamente sem conhecer as razões das suas condenações e a natureza dos processos que respondem.

Todavia, meu desejo é que a justiça seja feita, tanto para condenação do culpado como para a absolvição do inocente. Essa é a atitude correta: ansiar para que a justiça se estabeleça e que os fatos sejam apurados com correição.  Repudio as duas atitudes que vejo expressas em redes sociais: que é a de ficar torcendo contra os eleitos porque o político que votei perdeu a eleição ou ficar torcendo a favor dos condenados só porque votei neles e tenho interesse pessoal nos seus mandatos. 

Não tenho interesse pessoal em mandato de ninguém. Não voto pensando no meu umbigo. Voto pensando no melhor para a minha cidade. Por isso, se o prefeito eleito cometeu de fato crimes que o tornou indeferido, quero que ele seja condenado. Mas se o mesmo não cometeu tais crimes, torço para que seja absolvido e faça o melhor governo da história para nossa cidade.

Meu ideal político é o mesmo que o da Grécia clássica: o bem comum. Nunca será o meu interesse. O coletivo é infinitamente mais importante que o particular. O bem de todos se sobrepõe ao bem pessoal e privado.


sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Entre o Dia da Consciência Negra e da Consciência Humana[1]

 


Há uma frase famosa atribuída ao grande ator norte-americano Morgan Freeman que diz: "O dia em que pararmos de nos preocupar com Consciência Negra, Amarela ou Branca e nos preocuparmos com a consciência humana, o racismo desaparece".

Essa frase que de fato é muito bela é usada massivamente no Brasil por pessoas contrárias ao dia da Consciência Negra, que ocorre no dia 20/11 de cada ano, que inúmeras cidades e estados fizeram da mesma um feriado, inclusive o Rio de Janeiro.

O dia 20/11 é a data comemorativa eleita pelo movimento negro e inserida no lugar do 13/05, que é o dia da Libertação da Escravatura.

A diferença entre esses dois dias é que o 13/05, que por coincidência é o dia do nascimento de quem vos escreve, é uma data que se comemora o fim da escravidão negra no Brasil, através da Promulgação da Lei Áurea no ano de 1888, a exatos 132 anos, sendo o Brasil o último país do Ocidente a acabar com o trabalho compulsório.

Já em 20/11/1695 foi o dia que as tropas lusitanas comandadas por um exército de mercenários, cujo líder foi o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, conseguiram matar o líder máximo do Quilombo de Palmares, o maior quilombo da América, que se localizava na Serra da Barriga em Alagoas.

Aparentemente parece que o 13/05/1888 é mais importante que o 20/11/1695, pois a morte de um homem não pode ser mais importante que a libertação de milhares  de escravos.

Todavia, o Movimento Negro entende corretamente que a morte de Zumbi e a queda de Palmares são mais importante que o fim oficial da escravização, porque a primeira data marca a luta dos próprios escravizados e negros fugidos contra sua condição cativa. É a não aceitação do cativeiro. É preferir a morte à escravização. É preferir perder a vida em nome da liberdade.

Enquanto o 13/05/1888 expressa uma monarquia moribunda tendo que se curvar as inúmeras pressões internas de abolicionistas e de inúmeras nações, como a Inglaterra (a nação mais rica e poderosa do século XVII ao XIX), que queria o fim da escravidão e pressionava o Brasil desde as primeiras décadas do século XIX. Além da pressão de parte dos republicanos e iluministas que também eram favoráveis ao término do trabalho compulsório. Portanto, a Lei Áurea é um ato governamental de cima para baixo, não expressando a luta dos próprios escravos, mas uma pseudo benesse da Monarquia, que a exatos um ano e cinco meses após a Lei que abolia o escravismo, chega ao fim, no dia 15/11/1889, com a Proclamação da República e o governo do Marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente do Brasil.

A princesa Regente Isabel e seu pai, o imperador D. Pedro II, só retornaram ao Brasil anos depois de mortos, quando seus corpos vêm da França e são sepultados na Catedral de Petrópolis!

Enquanto existir a discriminação racial deve-se comemorar o Dia da Consciência Negra. Enquanto parte substancial da população brasileira e mundial for racista e achar que a cor da pele ou grupo étnico é capaz de subjugar seres humanos, em detrimento aos privilégios de outros grupos, deve-se relembra aos jovens, velhos e crianças que os negros, assim como os índios nunca aceitaram ser escravizados e lutaram bravamente contra sua condição de escravos.

Enquanto a Consciência Humana for racista e preconceituosa, deve-se comemorar o Dia da Consciência Negra!

 




[1] Texto escrito no dia 26/11/2018, que fala da importância do Dia da Consciência Negra explica por que o Movimento Negro escolheu essa data em detrimento ao 13/05, dia da Abolição da Escravatura.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

A essência do Protestantismo: a salvação pela fé

 

Lutero era um monge católico agostiniano que vivia perturbado com um Deus apresentado pela Igreja medieval, que era mau, julgador, que adorava sacrifícios do fiel, cobrando indulgências e punindo com o fogo do inferno e o purgatório[2]. Ele não conseguia compreender como seres humanos falíveis, com natureza pecaminosa, com inclinação natural para o mal poderiam fazer o bem e praticar obras de caridade o tempo todo para que os mesmos fossem ao paraíso.

Seus biógrafos relatam suas lutas incessantes com o "diabo", revelam que ele orava por horas para que Satanás não o tocasse e não o conduzisse ao mal. Alguns o chamaram de neurótico por conta desses períodos de oração que pareciam uma guerra consigo mesmo e contra o mundo espiritual.

O melhor filme[3] produzido sobre ele, com grandes atores de Hollywood, tem cenas que mostram essa sua luta constante.

Toda essa angústia desaparece quando Marinho Lutero lê em Romanos 1:17 que "O justo viverá pela fé", que é na verdade uma versão de Habacuque 2:4, um dos Profetas Menores do judaísmo, que escreveu entre 605-597 a. C., que viu a queda de Judá na ocasião da invasão neobabilônica.

Ao ler o versículo de Habacuque citado por Paulo, ele compreendeu que não são as obras, nem o que fazemos e tampouco a nossa justiça própria ou o nosso esforço que nos conduzem ao céu, a Deus e ao paraíso com Cristo, portanto é a fé que nos justifica diante de Deus.

Lutero entende que não é o esforço do homem que gera sua própria salvação. Mas sim, o sacrifício de Cristo na cruz do calvário que é o que nos reconcilia com Deus, quebrando todo "escrito de dívida que havia contra nós[4]". Só temos que crer nesse sacrifício e descansar na soberania de Deus.

É esse o entendimento de Efésios 2:8-9, que diz:

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie;

Ser protestante é acreditar que a justiça de Deus vem pela fé. Que a salvação é o favor imerecido de Deus para uma humanidade perdida que não pode fazer absolutamente nada para merecer a salvação ou para adquiri-la por esforço próprio.

Não há nada que possamos fazer para trazer esse bem para nós, só crer. As obras nessa perspectiva, não geram salvação nem ajudam a pessoa conseguir a celestialidade. Elas só autenticam que o cristão foi alcançado pela graça mediante a fé e tem que viver em novidade de vida.

As obras autenticam a fé. Não geram a salvação na cosmovisão protestante. Bem diferente pensam católicos e espíritas. Os primeiros acreditam que fé e obra são necessárias a salvação, o segundo que obras e sucessivas reencarnações nos tornam seres melhores, nos evoluem e nos iluminam.

Se usarmos essa visão protestante clássica e paulina, veremos que a maioria absoluta dos que se dizem protestantes ou oriundos do Protestantismo histórico, os evangélicos modernos, nada conhecem sobre o Protestantismo e são de fato a negação dele.

Se você acha que roupas, subir montes, jejuns, adereços causam a salvação ou ajudam na sua salvação, você é tudo, menos protestante. Na verdade, você está na contramão desse movimento histórico iniciado por Martinho Lutero.

Pense nisso e reflita sobre seu cristianismo!



[1]Artigo escrito em 22/03/2020, falando sobre a verdadeira essência do protestantismo. E o diferenciando de outros grupos, como cristãos católicos e espíritas.

[2] Segundo a doutrina católica Purgatório é o estado e o processo de purificação ou castigo temporário em que as almas daqueles que morrem em estado de graça são preparadas para o Reino dos céus.

[3]Luther é um filme teuto-estadunidense de 2003, dirigido por Eric Till, com roteiro de Camille Thomasson e Bart Gavigan baseado na vida do reformista alemão Martinho Lutero desde que ele tornou-se monge cristão até a Confissão de Augsburgo. Foi lançado no Brasil em 12 de novembro de 2004. Link do filme completo no YOU TUBE: https://www.youtube.com/watch?v=PlP-Xt4LLNg&ab_channel=Loctorman

[4]Colossenses 2:14

Dinheiro é o principal ídolo das civilizações[1]

 

 

Essa semana, escrevi um texto cujo título era “Idolatria uma marca dos seres humanos”. Nele eu discutia a capacidade inata do ser humano em criar ídolos para si e se prostrar a eles.

Os ídolos são muitos, eles se distinguem de lugar, cultura e civilização. Mas há um ídolo que prevalece desde tempos imemoriais, sua força atravessa milênios e séculos. Esse ídolo é o dinheiro.

Nenhum deus, nenhum espírito, nenhum orixá, nenhum ente da natureza divinizado, como sol, lua e eclipse, receberam e recebem tanta adoração, tanta devoção, tanto tempo e principalmente tantos sacrifícios como o deus dinheiro.

O dinheiro existe desde a Antiguidade, atravessou séculos e permanece todo poderoso e altivo entre nós.

Jesus usou a palavra hebraica Mamom (מָמוֹן), que significa literalmente dinheiro querendo ressaltar o perigo de transformar a riqueza em um ídolo, ao invés de ter o coração dedicado a Deus. Nesse sentido, o Mestre quis nos alertar que Mamom representa o domínio do dinheiro sobre a vida de uma pessoa.

Mamom na verdade descreve o apego a riqueza material ou cobiça, na maioria das vezes, mas nem sempre é personificado com uma divindade.

Jesus diz em Mateus 6:24: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom".

Cristo estava ensinando que não se pode se dedicar a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo, e que Mamom aparece como um tipo de personificação das riquezas e possessões, que aqui incluem: dinheiro, propriedades, alimentos, roupas, etc. Logo, Jesus está se referindo a um tipo de cobiça que corrompe o coração do homem e o afasta de Deus.

Alguém já disse: "Maldito é o dinheiro que cala a boca de uns, compra a amizade de outros e acaba com o caráter de vários".

O amor e dedicação ao dinheiro têm feito a humanidade cometer ações insanas e cruéis.

Por dinheiro se mata.
Manda assassinar.
Suicida-se.
Prostitui-se.
Escraviza-se.

O dinheiro é fonte de destruição:

De si mesmo.
Do próximo.
Da natureza e de toda a biodiversidade.
Do sentido de humanidade.
Da fraternidade entre os homens.
Da solidariedade.
Da compaixão.

A adoração e devoção ao dinheiro retiram-nos o tempo, pois todos os ídolos requerem atenção.

Perdemos o tempo dedicado à nossa família.
Tempo que podíamos dedicar ao lazer.
Tempo dos nossos filhos que trocamos lhes dando coisas.
Tempo dedicado a cuidar mais de nós e investir em nossa vida e saúde.

Por último, quem dedica muito tempo ao deus dinheiro, quando ganha muito, perderá parte substancial dele, ou todo ele, consertando os estragos que essa busca e dedicação cega e incessante causaram como a perda da saúde física, psicológica e espiritual.



[1]Artigo escrito em 07/08/2019, que traz uma profunda meditação sobre a adoração ao deus dinheiro. A Mamom, o mais idolatrado de todos os deuses. Aquele que mais recebe adoração e devoção entre os entes divinizados.

As Testemunhas de Jeová e a prática nefasta do Ostracismo

 "Ser banido significa ir pra longe, muito longe. Pra um lugar onde as pessoas foram conscientes demais... '' Aldous Huxley

 

Há alguns meses, um grande amigo, ex-Testemunha de Jeová, me colocou num grupo nacional de ex-membros da "seita" por conta de uma palestra que eu ia ministrar cujo tema era "Intolerância Religiosa". Eles me pediram para falar sobre a prática do Ostracismo, que algumas religiões praticam, dentre elas a própria Testemunha de Jeová e a Cientologia que é uma religião norte-americana do ator Tom Cruise.

Ostracismo é substantivo masculino, sua origem provém da língua grega, e dela deriva-se o óstrakismós que significa punição política, isolamento ou exclusão (banimento, repulsa, exílio). É um termo proveniente da Grécia antiga, sobretudo, da Democracia Ateniense, era uma forma de punição aplicada aos cidadãos suspeitos de exercerem poder excessivo e restrição à liberdade pública. Ele foi criado pelo legislador Clístenes, na sua reforma para consolidação do regime democrático ateniense. Em linhas gerais, o ostracismo condenava o acusado à perda de seus direitos políticos e ao exílio durante dez anos, sem a perda de suas propriedades.

O historiador Cláudio Fernandes nos informa que:

 

"Quando os cidadãos atenienses percebiam que a ordem democrática poderia estar ameaçada, utilizavam-se de dispositivos que acorressem à sua manutenção. Um desses dispositivos era o ostracismo, que nada mais era do que o banimento ou exílio de algum membro da sociedade (geralmente um ator político ou militar). Anualmente, os cidadãos reuniam-se na Ágora para decidir em quem aplicar o ostracismo".

 

A votação era feita por meio da inscrição do nome dos candidatos em pedaços de cerâmica, chamados ostracon[1] (em grego), daí vem o nome ostracismo. Quem recebesse mais votos dos cidadãos era ostracizado, os mais famosos foram sob acusações de tirania ou pendor para a tirania. Exemplos notáveis são os dos participantes da Guerra do Peloponeso, os generais Temístocles e Tucídides, sendo esse último o famoso historiador e autor da “A história da Guerra do Peloponeso”.

Saindo da Antiga Atenas e aterrissando no presente. Vamos falar de outra prática de ostracismo, o praticado pelas Testemunhas de Jeová.

O ostracismo praticado pela Torre de Vigia[2] é quando um membro é desassociado pelos anciãos, os líderes da seita, isso porque as testemunhas de Jeová acreditam que aqueles de fora da religião podem prejudicar sua fé. Ou a desassociação ocorre pela saída do próprio fiel por conta própria por motivos pessoais, discordância doutrinária ou teológica.

Ao ser desassociado ou se desassociar a pessoa se afasta de familiares, é afastado do convívio de amigos de longa data, pessoas que são fundamentais em sua vida e fazem parte de toda sua história. Filhos são expulsos de casa, pai e mãe morrem doentes sem receber ajuda, visita e atenção de seus filhos, tios e sobrinhos rompem relações de forma permanente, e amigos que se amam passam a viver como estranhos e incomunicáveis.

Essa é uma situação causadora de muita dor, sofrimento, doenças psicológicas e até a morte de ex-membros das Testemunha de Jeová.

A BBC de Londres fez uma reportagem sobre o tema desassociação e ostracismo e obteve as seguintes respostas da Torre de Vigia:

·         "Se uma testemunha batizada viola o código moral da Bíblia e não apresenta evidências de que não continua a fazer isso, ela ou ele serão afastados e desassociados".

·         "Quando se trata desse afastamento, as testemunhas seguem as instruções da Bíblia, e, neste ponto, a Bíblia diz claramente: 'Removam os homens perversos entre vocês[3]'", afirma o texto.

Ailton Pereira, membro da Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados e porta-voz das Testemunhas de Jeová no Brasil, diz que quanto à orientação de que familiares e amigos se afastem de pessoas desassociadas, a Bíblia determina na passagem 1 Coríntios 5:11-13 ser necessário cortar o relacionamento com alguém que mantenha uma conduta inadequada. "Seguimos os ensinamentos sagrados", afirma Pereira.

Diante de um comportamento considerado inapropriado, muitas vezes o afastamento ocorre para que "outros membros da família não sejam influenciados e a família seja preservada".

"O afastamento ocorre porque uma pessoa tomou o caminho. Se alguém está em um relacionamento imoral, é justo que o chefe de família proíba a pessoa de trazer seu companheiro para dentro de casa", explica Pereira.

Na verdade, essa orientação da seita de afastar os desassociados tem levado milhares de pessoas à tristeza extrema, à depressão, ao total isolamento e até ao suicídio. Não são poucos os relatos e reportagens que mostram de forma inequívoca o quão vil, desumano e abjeto é essa prática do Ostracismo.

Nesse grupo que faço parte criado por ex-integrantes das Testemunhas de Jeová, as histórias de ostracismos e suas consequências horrendas a suas vidas se multiplicam. O bom é que essa comunidade trabalha com a ajuda mútua, assim como, com atos de protestos e denuncias da seita, quando a mesma faz grandes eventos pelo Brasil.

Vejam a triste história de Lauren Stuart a seguir[4]:

“Aos 45 anos, Lauren Stuart parecia ter tudo, um marido bem sucedido, duas crianças com formação universitária, um portfólio como modelo e uma casa encantadora no porto de Keego com uma coroa de corações decorado na porta.

Mas, por trás da vida aparentemente idílica, os amigos dizem que Stuart lutou com a angústia de ser condenada ao ostracismo pela religião onde ela e seu marido foram criados. Cerca de cinco anos atrás, Stuart e seu marido deixaram as            Testemunhas de Jeová, uma denominação cristã que tem sido criticada por seu doutrinamento rigoroso e por sua prática de ostracizar ex-membros.

Na semana passada, Stuart baleou e matou seu marido e seus dois filhos adultos. A polícia encontrou os corpos na manhã de sexta-feira enquanto respondia a uma chamada de um parente preocupado.

A amiga de longa data da família, Joyce Taylor e outros amigos, acreditam que o assassinato e o suicídio foram consequência do ostracismo praticado pelas Testemunhas de Jeová. Ela disse que os Stuarts deixaram a religião há mais de cinco anos por causa de questões doutrinárias e sociais”.

Separar pessoas por conta de não comungarem da mesma ideia religiosa e discordarem de questões de fé e dogma é o exemplo mais vil de Intolerância Religiosa, de não aceitação da pluralidade de ideais e concepções teológicas.

As Testemunhas de Jeová deve ser denunciada, assim como a Cientologia e todas as religiões que praticam o ostracismo. Por esse ato insensível, desumano e impiedoso. Esqueceram que a bíblia diz que Deus não faz acepção de pessoas e que Cristo em Mateus 11:28-29[5] convocou a todos sem exceção a irem até Ele, para encontrar amparo e descanso para suas almas.

Todas as pessoas que não concordam com a prática do ostracismo, devem se unir para protestar e denunciar toda e qualquer prática nociva da Torre de Vigia e demais religiões que ao invés de pregarem sobre amor, solidariedade e compaixão, vivem a pregar uma mensagem de ódio, desamor, preconceito e intolerância.



[1] Ver imagem no topo do texto.

[2] Desde julho de 1879, os Estudantes da Bíblia (desde 1931, conhecidos como Testemunhas de Jeová) passaram a seguir a liderança de Charles Russell e a serem assinantes da revista A Torre de Vigia de Sião (em português, atualmente conhecida por A Sentinela - Anunciando o Reino de Jeová). Fonte: https://testemunhas.wikia.org/wiki/Sociedade_Torre_de_Vigia_de_Tratados_de_Si%C3%A3o

[5] Mateus 11:28-29 diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.”