A xenofobia
é o ódio ou aversão ao estrangeiro. O xenófobo é aquele que ama demasiadamente
sua pátria e odeia as outras, ou alguns grupos de países em particular. A
idolatria a uma pátria pode gerar ojeriza as demais nações.
Normalmente
os países menos miscigenados ou que acreditam ser descendentes de um povo
mítico ou de uma raça pura, são os mais xenófobos. Que o digam o fascismo e o
nazismo. Esses regimes totalitários foram expressão máxima da xenofobia.
Em
contrapartida, as nações mais miscigenadas como o Brasil, são as que melhor
tratam e recebem os estrangeiros.
Os
Estados Unidos da América e os países da Europa despontam como o grupo de
nações mais xenófobas do mundo. Dificilmente recebem os estrangeiros e
emigrantes de bom grado. Normalmente fecham as portas para a maioria absoluta
dos que querem permanecer, se refugiar ou morar em seu território. A ideia do
presidente Donald Trump em construir um gigantesco muro para impedir a entrada
de emigrantes em seu país é clara política Xenófoba.
Mas
triste que a tentativa de construir o muro foi assistir o presidente do Brasil,
Jair Bolsonaro, apoiar a construção do mesmo. Uma atitude lastimável vinda de
um chefe de Estado de uma nação conhecida mundialmente por ser acolhedora e
hospitaleira. A xenofobia não combina com o Brasil.
O Papa
Francisco e a ONU têm conclamando os países europeus a receberem os refugiados
de nações africanas e do Oriente Médio que estão em guerra. Enquanto a extrema
direita que está em ascensão nesses países apregoa fecharem as portas para
esses necessitados. Assim como vemos que o atual governo brasileiro não tem se
mostrado receptivo em relação aos venezuelanos que a cada dia pretendem
encontra refúgio no Brasil.
O que os
xenófobos precisam saber é que todos somos irmãos. Não no sentido religioso e
fútil do termo. Somos irmãos porque somos humanos. Distinções sociais de cor,
etnia e fenótipo não mudam o que somos em termos biológico e psíquico.
Hoje são
venezuelanos, sírios e sudaneses que precisam de amparo, acolhimento e amor. No
passado foram brasileiros, chilenos e argentinos fugindo das suas ditaduras
sanguinárias. O mundo dá voltas. Hoje precisam de nós, outrora éramos nós que
precisávamos, quem sabe em breve novamente precisaremos de acolhimento e
cuidado.
O ódio e
o desamor ao estrangeiro – a Xenofobia – levam milhões à morte. Já levou
bilhões. Já exterminou seis milhões de judeus em quatro anos. Levou milhões a
escravidão. Tem levado famílias inteiras a se lançar ao mar na esperança de que
no outro lado do oceano encontre alguém capaz de acolhê-los, recebê-los e
talvez amá-los.
Mas a
máxima do mundo infelizmente é a indiferença à dor alheia. Esquecemos que o
oposto do amor não é o ódio, é a indiferença. Pois o rico não odeia o pobre.
Países ricos não odeiam países pobres. Nós não odiamos os sírios e venezuelanos
que estão morrendo em guerra e à míngua. Só somos indiferentes à dor deles. Não
precisamos odiar para fazer mal é só não fazermos nada.
Que Deus
nos livre da Xenofobia, do desamor e da indiferença! E que Ele nos perdoe por
nem fazermos uma simples oração a esses irmãos tão necessitados. Que,
sobretudo, arranque de nosso peito a desumanidade. Até animais acolhem e tratam
outros animais, enquanto nós humanos fechamos as portas e fingimos que não
vemos a dor e o sofrimento alheio.
Que
sejamos livres dessa natureza egoísta, desumana e consumista! Que possamos reconhecer
e investir no que tem valor e realmente importa: os seres humanos, pois são
iguais a mim, a nós!
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