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sexta-feira, 21 de outubro de 2022

A igreja de “Satanaro” e os profetas satanarianos

 Antes de analisar os líderes religiosos, servos de Satanaro, e a igreja do falso Messias, eu preciso fazer um apontamento realístico e necessário: antes mesmo da ascensão de Jair Bolsonaro e do chamado “bolsonarismo”, parte substancial da igreja evangélica, em especial as chamadas pentecostais, como inúmeros ministérios das Assembleias de Deus e as denominações neopentecostais, tais como IURD, Mundial, Igreja da Graça, Plenitude do Trono de Deus e centenas de outras, já viviam na politicagem, apoiando candidatos de distinto viés ideológico no Brasil todo, como também, os ex-presidentes da República, assim como se beneficiavam das benesses dos políticos, como concessão de rádios, empresas de TV, passaporte diplomático, isenção de impostos e ganho de muito dinheiro, além, é claro, de empregos como funcionários fantasmas e cargos de confiança, tanto em prefeituras, como nos Estados e na União. Bolsonaro só acentuou, vertiginosamente, a politicagem há décadas praticada no seio dessas instituições, além de ter arrastado igrejas que se gabavam de uma suposta neutralidade e imparcialidade política, como a Batista (tradicional) e as igrejas históricas, como a Presbiteriana.

Dito isto, para ser justo e honesto, passo a analisar a igreja de Satanaro e seus líderes.

Os líderes da igreja de Satanaro, ou se preferir do Bolsofera, são aqueles que fazem cultos, procissões, missas e grandes eventos, como a “Marcha pra Jesus”, com fins políticos-eleitoreiros, com direito a “sinal de arminha” no culto e discursos inflamados para exaltar seu deus-mito. Ademais, até o batismo do falso Messias no Rio Jordão, em Israel, feito pelo pastor, atualmente presidiário, Everaldo, ouviu-se gritos de “mito, mito, mito”, blasfemando o sacramento do batismo cristão.

Pastores de Satanaro estão ameaçando os crentes de exclusão do rol de membros da igreja, caso não votem no mito. Outros líderes estão proibindo a santa ceia (eucaristia) para quem votar em candidatos da “esquerda”, além da ameaça do fogo do inferno para os irmãos “esquerdistas”. Algumas instituições religiosas satanarianas, criaram uma espécie de ‘Tribunal do Santo Ofício” para averiguar a conduta de pastores e ovelhas, não adeptas ao bolsonarismo, ou seja, para esses líderes, Deus e Jesus são de Direita e isso é pregado em milhares de sermões de maneira explícita nos púlpitos das igrejas do Bolsofera. Inclusive, há dezenas de vídeos disponíveis com tais conteúdos nas redes sociais.

Por conta de discursos extremistas proferidos por pastores satanarianos contra a “esquerda” e o suposto comunismo que querem implantar no Brasil, além da exaltação do falso Messias Satanaro, fez com que um membro fosse baleado dentro da Igreja Congregação Cristã do Brasil, num culto em Goiânia, por um policial bolsonarista.

Na igreja de Satanaro esqueceram que Jesus ordenou que amássemos uns aos outros. Atualmente, só “amam” quem pensa igual e aqueles que corroboram o discurso do Mito. Se você pensa diferente ou critica as ações bolsonaristas e a postura do presidente é visto como comunista e desviado.

Na igreja do Bolsofera prevalece a máxima do “bandido bom é bandido morto”, sem a menor misericórdia, mesmo tendo consciência que Cristo, nos Evangelhos, perdoou um criminoso e lhe prometeu o paraíso. Parece que esqueceram, também, que a igreja tem um lindo histórico de assistência aos presidiários e evangelização dos malfeitores.

Líderes religiosos a serviço de Satanaro, estão pregando o armamento dos fiéis, justificando as falas de Bolsonaro sobre o uso indiscriminado de armas de fogo pela população. Estão inventando que Jesus é a favor do belicismo e que se o mesmo vivesse hoje andaria armado ou estaria munido numa guerra. Esqueceram que Jesus é o Príncipe da Paz e condena todo o tipo de violência.

Mas, na igreja blasfema satanariana, o pastor fez rifa de uma espingarda calibre 12, no Espírito Santo. Ungiram com óleo ungindo armamentos de grosso calibre num culto em meio a orações e gritos de aleluia. Pastores e instituições que outrora condenavam o armamento populacional, como o próprio profeta de Satanaro, Silas Malafaia, e os líderes presbiterianos, agora, defendem inescrupulosamente o que há pouco tempo condenavam com veemência.

Os profetas de Satanaro promovem discurso de ódio e violência em suas homilias. Mentem, caluniam, difamam pessoas e políticos de viés ideológico distinto do falso Messias. Amedrontam e ameaçam os fiéis, a ponto de Edir Macedo, dono da IURD, escrever uma carta dizendo o porquê que um cristão não pode ser de “esquerda”. Ele só esqueceu que ele mesmo ficou por 14 anos apoiando os governos petistas e que seu sobrinho e bispo Marcelo Crivella foi ministro da Pesca do governo Dilma, em 2012.

Não podemos esquecer que há vídeos tanto de pastores, como de padres bolsonaristas, profetas de Satanaro, mentindo sobre as vacinas, divulgando mensagens falsas, dizendo que vacinas continham o vírus HIV e provocavam câncer. Um padre teve a desfaçatez de dizer que os imunizantes eram feitos de fetos abortados. São os porta-vozes da política genocida do falso Messias.

A igreja satanariana se orgulha de ser homofóbica, de reproduzir estereótipos e preconceitos contra minorias e mulheres. Os templos deixaram de ser hospitais e locais de afago e acolhimento: tornaram-se lugares de exclusão, daqueles que se julgam com pedigree religioso, os fariseus dos períodos bíblicos, chamados hoje de cidadãos de bem.

Uma das situações mais tristes e vexaminosas da igreja do Satanaro e seus líderes inescrupulosos, é a promoção horrenda da idolatria. Sem vergonha, pudor e disfarce, chamam Bolsonaro de Mito, inclusive em cultos e dentro de templos; acreditam, piamente, que Bolsonaro é um “Messias”, o salvador da pátria enviado por Deus para salvar o Brasil.

Nas igrejas Assembleia de Deus, em diversos cultos, como o ocorrido em templos nas cidades de Araruama e Rio Bonito, no Rio de Janeiro, pararam a festividade e os louvores a Deus, colocaram Jair Bolsonaro num telão, ao vivo, falando com a congregação e fazendo politicagem. Esses líderes inescrupulosos esqueceram-se de que Deus não divide a glória Dele com ninguém, além do fato de que ninguém brinca com sua santidade.

Nunca, em nossa história política, se usou tanto o nome de Deus, de maneira tão aviltante e blasfema. Nunca pastores e padres se subjugaram a um político de forma tão idolátrica e fanática. Nunca se manipulou e mentiu tanto em nome de um projeto nefasto de poder.

A Igreja de Satanaro e seus profetas precisam, urgentemente, se converterem a Cristo, se arrependerem de seus maus caminhos e voltarem ao primeiro amor. Eles devem se preocupar em espalhar as boas novas da salvação, abrindo mão da perniciosa e enganosa pregação política. Os cristãos de hoje ficam horas nas redes sociais, diariamente, promovendo o falso Messias, com entusiasmo jamais visto. Nunca falaram de Jesus de maneira tão apaixonada e vigorosa como falam de Bolsonaro. Até de mentira se utilizam para convencer pessoas à causa bolsonarista.

A igreja e seus líderes há muito deixaram de ser sal da terra e luz do mundo; tornaram-se trapos de imundícia. A mensagem que pregam é política, terrena, humana, vil e mesquinha. Não olham mais para o alto e nem contemplam a Cristo, cujo reino não é deste mundo.




Entre o essencial e o banal nas discussões e nos debates políticos

A campanha política e os debates entre candidatos deveriam discutir o essencial: economia, saúde, educação, saneamento básico, combater o desemprego, melhorar a segurança pública, etc. Porém, o que se discute, infelizmente, são banalidades e as medíocres pautas religiosas e morais, tais como: o aborto, que já é legalizado no Brasil e sumulado pelo STF e STJ; a mentira da liberação das drogas – coisa que não existe em nenhum país do mundo, uma vez que ninguém nunca irá propor liberar ou legalizar cocaína, crack, heroína e LSD, só para citar alguns exemplos. Também discutem se o Brasil vai se tornar comunista ou socialista ou, ainda, uma possível conversão numa Venezuela: assunto que só os analfabetos políticos e pessoas sem o menor conhecimento argumentam, pois nosso país é e sempre foi capitalista. Aliás, essas pautas nunca sequer foram discutidas ou formuladas nos 13 anos do governo petista.

Outra questão que se debate é se as igrejas e os cultos serão proibidos no Brasil. Tais pessoas que discutem isso ou utilizam essa informação errada para enganar uma massa ignorante e manipulada se esqueceram, fingem ou não sabem o que é um Estado Laico, que é neutro em relação à religião e à fé do seu povo. O Brasil adotou esse modo de Estado desde 1890, o ratificando na primeira Constituição Republicana, de 1891, como também foi adotado pelas demais Cartas Magmas e pela atual Constituição da República Federativa do Brasil, que está em vigor desde 1988. 

Explicando melhor, o Estado Laico é aquele que não proíbe a manifestação religiosa, não intervém nas religiões, aceita a manifestação de crença e descrença em Deus e é onde o poder político está separado da igreja (religião). Portanto, não há a mínima possibilidade de perseguição a nenhum credo ou culto no Brasil.

Vejo também debates horrendos e discriminatórios sobre a suposta obrigatoriedade de padres e pastores terem de celebrar casamento homossexuais em suas igrejas. Essas discussões também são feitas com base na ignorância da população e do seu uso para angariar votos aos candidatos dos líderes religiosos inescrupulosos e das suas instituições. Discutir isso é um absurdo colossal, pois além de existir a união civil para as pessoas do mesmo sexo, baseado na obtenção de herança e divisões de bens, esta só deve ser feita pelos cartórios brasileiros, por se tratar de uma "união civil", não casamento religioso, como nos informa o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desde 2013. Além do mais, se ninguém é obrigado a se casar também ninguém pode ser obrigado a realizar casamento de quaisquer pessoas. Portanto, líderes e suas instituições são livres para decidirem ou não fazerem o casamento de quem eles bem entenderem ou tão-somente realizar de membros das suas instituições. 

Enquanto o país não discutir o essencial, seus grandes problemas e aquilo que importa na vida de todos os brasileiros, nunca cresceremos como povo e nação, além de ficarmos reféns de políticos sem projetos e planos de governo que melhorem a vida dos cidadãos, sendo, ainda, assessorados e apoiados por líderes religiosos picaretas e inescrupulosos que negociam os votos de sua membresia em troca de benesses.


Notas: 


No direito brasileiro, chama-se súmula um verbete que registra a interpretação pacífica ou majoritária adotada por um Tribunal a respeito de um tema específico, a partir do julgamento de diversos casos análogos, com a dupla finalidade de tornar pública a jurisprudência para a sociedade bem como de promover a uniformidade entre as decisões. 

O Comércio da fé: uma visita ao templo religioso mais importante do Brasil

 Ontem, eu visitei o principal templo religioso do Brasil, motivado por uma visita técnica de final de curso.  Foi estarrecedor ver, observar e constatar, empiricamente, aquilo que eu já sabia e denunciava: o comércio inescrupuloso, asqueroso e abjeto da fé.

Na Basílica, tudo tinha fins comerciais. Simplesmente, tudo. Desde a caríssima entrada do estacionamento do magnífico templo até as inúmeras lojas comerciais de artigos religiosos espalhadas sobre a vasta área construída, além de dezenas de pontos de arrecadação de ofertas.

O famoso Santuário nada mais é que uma máquina de fazer dinheiro. Percebe-se, claramente, como a religião é e sempre foi um grande negócio. A arrecadação no local gera milhões e milhões de Reais, diariamente, e de muitos bilhões, anualmente.

Quatro constatações claras: a primeira é que a religião cristã não tem nada a ver com Jesus, absolutamente. É a sua antítese e a sua negação. As contradições com a mensagem e vida do Cristo chegam a ser estarrecedoras. Não perceber a gigantesca incoerência é uma prova inequívoca de analfabetismo bíblico e histórico ou de cegueira religiosa.

Numa segunda constatação, fica claro que a religião se baseia na tradição cultural e familiar de um povo repassada de geração em geração, como também da ignorância e do fanatismo misturado com crendices, misticismo e muita idolatria.  

Entre as bugigangas e objetos religiosos comercializados ao redor do templo, se encontravam velas gigantes para queimá-las na “Capela das Velas”, garrafas de "água benta", milhares de estatuetas da padroeira com diferentes tamanhos e valores, parte do corpo humano feito em cera para ser levado à "Sala de Promessas" da Basílica, como cabeça, perna, pé, etc., além de terços, cordões e uma infinidade de produtos do mercado da fé. Parecia um megamercado com infindos produtos sendo comercializados, com as bençãos da classe sacerdotal e da igreja.

Como terceira constatação, o comércio religioso é formidável! Magnífico! Nunca vai acabar! A espoliação de pessoas das mais distintas classes sociais, gênero e idade vai prevalecer por milênios. Como bem disse Ed René Kivitz, "negociar a religião é melhor que vender drogas", até porque não há risco algum de ser preso e é muito fácil enganar em nome de Deus, com roupas sacerdotais e com a ilusão que determinados seres humanos possam ser porta-vozes da divindade, do Cristo ou de quaisquer entidades, ou santos, como Nossa Senhora.

Quarta constatação: como é que alguém estando naquele lugar ou em qualquer outro templo onde há clara e inequívoca exploração comercial da fé pode não perceber ou se atentar para o que ocorre, explicitamente, em seu entorno? A falta de senso crítico, conhecimento básico das escrituras, especialmente dos Evangelhos e Epístolas Paulinas, além de autonomia e sensatez, levam os seres humanos a negarem ou não perceberem o óbvio.

O "de graça recebeste e de graça dai" de Jesus não é praticado por seus supostos representantes na terra, os líderes religiosos e a sua suposta igreja (instituição que se reputa como tendo o monopólio da sua mensagem).

 Mas, como bem nos alertou o apóstolo Pedro, em 2 Pedro 2:3: "E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita."

Já o apóstolo Paulo também nos advertia sobre o mesmo assunto em 1 Timóteo 6:10: "Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos."

A exploração nefasta da fé, o comércio inescrupuloso feito em nome de Deus, do Cristo, de Nossa Senhora ou de quaisquer divindades devem ser rechaçados, denunciados e vistos como algo vil e ignominioso. O que eu senti, durante as duas horas em que percorri, atentamente, o grande templo religioso, foi: asco, ojeriza e revolta.