O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. Aqui existe uma
concentração de renda absurda nas mãos dos mais ricos. Os números são
gritantes!
Entretanto esse país que é a 8ª economia mundial, que mais produz e
desperdiça alimentos no mundo, nunca teve na sua produção exacerbada de
riquezas uma melhoria econômica e social para sua população, especialmente para
os mais pobres. A desigualdade social tornou-se um péssimo cartão de visita do
país.
Em todos os países do mundo existe desigualdade social. Até nos países
ditos comunistas e socialistas que pregavam uma igualdade plena entre os
habitantes da nação havia desigualdade, sobretudo, porque nesses lugares havia
uma classe privilegiada que era a burocracia estatal, ou seja, os governantes
gozavam de uma vida luxuosa e cheia de privilégios, enquanto a população
socializava a miséria.
Nos países capitalistas a desigualdade social é mais perceptível porque
o sistema naturaliza-a, enxergam a miséria e a pobreza como necessárias ao
sistema, porque é preciso ter os oprimidos para enriquecer os exploradores,
fomentando a miséria em meio à abundância.
O capitalismo é um sistema desprovido de solidariedade, sua base está no
lucro e para se atingi-lo explora-se a natureza e os homens. Lembrando que não
existe riqueza sem exploração!
Mas, as desigualdades sociais são mais acentuadas em países em
desenvolvimento como Brasil e África do Sul que nos desenvolvidos, como Inglaterra,
Alemanha e França. Alguns têm promovido intervenções estatais para minimizar as
desigualdades e a concentração de renda, como os nórdicos chamados sociais
democratas.
As desigualdades sociais decorrem principalmente, da má distribuição de
renda, da falta de uma política de geração de empregos e da falta de
investimento na área social, como educação e saúde.
Voltando ao Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
trouxe um dado alarmante que é a desigualdade social que já era enorme e cresceu
mais ainda no país. Isso significa que os ricos ficaram muito mais ricos e os
pobres bem mais pobres. Essa é a triste realidade que gera a miséria, a
favelização, faz crescer a população de rua e aumenta acintosamente a
criminalidade. O nível de desigualdade no Brasil atingiu no ano passado o maior patamar desde
2012.
O indicador que mede distribuição, concentração e desigualdade econômica
subiu de 0,501 para 0,509 na passagem de 2017 para 2018, ou seja 1% dos
brasileiros recebe 33 vezes mais do que metade da população mais pobre.
O rendimento médio entre os mais abastados foi de R$ 27,7 mil por mês.
Enquanto isso, 50% dos mais pobres recebem, por mês, R$ 820,00 em média.
Pelos cálculos do PNAD, o rendimento médio dos
mais pobres caiu de R$ 2.279,00 em 2014 para R$ 2.234,00 em 2018.
Diante de toda essa vergonhosa desigualdade social, vemos nos últimos
anos o governo promovendo políticas, fazendo leis e reformas que estão
acirrando ainda mais esse estado escabroso de coisas. A Reforma Trabalhista,
Previdenciária, a PEC de Gastos Públicos e outras ações do poder executivo
federal e legislativo estão fazendo o povo morrer à míngua, perder direitos
constituídos e viver sem perspectivas e esperança.
Não adianta ter um produto interno bruto (PIB) enorme como o Brasil, ser
o maior produtor da agricultura e pecuária mundial, produzir muito petróleo,
ser rico em todo tipo de minérios, ter milhões de miseráveis e ver a população
se empobrecendo a cada dia.
Triste do povo brasileiro que é espoliado e vive sem a menor perspectiva
de melhoria. É lamentável ver um país rico que concentra sua riqueza nas mãos
de poucos, enquanto a maioria absoluta divide o que o resta!
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios