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domingo, 3 de janeiro de 2021

IBGE divulga dados sobre aumento da Desigualdade Social no Brasil

 

O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. Aqui existe uma concentração de renda absurda nas mãos dos mais ricos. Os números são gritantes!

Entretanto esse país que é a 8ª economia mundial, que mais produz e desperdiça alimentos no mundo, nunca teve na sua produção exacerbada de riquezas uma melhoria econômica e social para sua população, especialmente para os mais pobres. A desigualdade social tornou-se um péssimo cartão de visita do país.

Em todos os países do mundo existe desigualdade social. Até nos países ditos comunistas e socialistas que pregavam uma igualdade plena entre os habitantes da nação havia desigualdade, sobretudo, porque nesses lugares havia uma classe privilegiada que era a burocracia estatal, ou seja, os governantes gozavam de uma vida luxuosa e cheia de privilégios, enquanto a população socializava a miséria.

Nos países capitalistas a desigualdade social é mais perceptível porque o sistema naturaliza-a, enxergam a miséria e a pobreza como necessárias ao sistema, porque é preciso ter os oprimidos para enriquecer os exploradores, fomentando a miséria em meio à abundância.

O capitalismo é um sistema desprovido de solidariedade, sua base está no lucro e para se atingi-lo explora-se a natureza e os homens. Lembrando que não existe riqueza sem exploração!

Mas, as desigualdades sociais são mais acentuadas em países em desenvolvimento como Brasil e África do Sul que nos desenvolvidos, como Inglaterra, Alemanha e França. Alguns têm promovido intervenções estatais para minimizar as desigualdades e a concentração de renda, como os nórdicos chamados sociais democratas.

As desigualdades sociais decorrem principalmente, da má distribuição de renda, da falta de uma política de geração de empregos e da falta de investimento na área social, como educação e saúde.

Voltando ao Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trouxe um dado alarmante que é a desigualdade social que já era enorme e cresceu mais ainda no país. Isso significa que os ricos ficaram muito mais ricos e os pobres bem mais pobres. Essa é a triste realidade que gera a miséria, a favelização, faz crescer a população de rua e aumenta acintosamente a criminalidade. O nível de desigualdade no Brasil atingiu no ano passado[1] o maior patamar desde 2012.

O indicador que mede distribuição, concentração e desigualdade econômica subiu de 0,501 para 0,509 na passagem de 2017 para 2018, ou seja 1% dos brasileiros recebe 33 vezes mais do que metade da população mais pobre.

O rendimento médio entre os mais abastados foi de R$ 27,7 mil por mês. Enquanto isso, 50% dos mais pobres recebem, por mês, R$ 820,00 em média.

Pelos cálculos do PNAD[2], o rendimento médio dos mais pobres caiu de R$ 2.279,00 em 2014 para R$ 2.234,00 em 2018.

Diante de toda essa vergonhosa desigualdade social, vemos nos últimos anos o governo promovendo políticas, fazendo leis e reformas que estão acirrando ainda mais esse estado escabroso de coisas. A Reforma Trabalhista, Previdenciária, a PEC de Gastos Públicos e outras ações do poder executivo federal e legislativo estão fazendo o povo morrer à míngua, perder direitos constituídos e viver sem perspectivas e esperança.

Não adianta ter um produto interno bruto (PIB) enorme como o Brasil, ser o maior produtor da agricultura e pecuária mundial, produzir muito petróleo, ser rico em todo tipo de minérios, ter milhões de miseráveis e ver a população se empobrecendo a cada dia.

Triste do povo brasileiro que é espoliado e vive sem a menor perspectiva de melhoria. É lamentável ver um país rico que concentra sua riqueza nas mãos de poucos, enquanto a maioria absoluta divide o que o resta!




[1] Referência a 2018.

[2] Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

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