Religião
e Insanidade
O islamismo é a segunda
maior religião do mundo, com 1,6 bilhões de praticantes. Segundo sociólogos,
historiadores e cientistas sociais em menos de quinze anos ela se tornará a
maior religião do mundo, desbancando o cristianismo, religião que está em forte
declínio na Europa, em suas múltiplas vertentes, como católicos, protestantes e
ortodoxos. Diferente do islã, que está em vertiginoso crescimento no mundo
todo.
Todo muçulmano deve
cumprir com as seguintes obrigações:
- Sahada: Aceitar a profissão de fé "Não há
mais Deus que Alá e Maomé é o enviado de Alá"
- Salat. Realizar as orações diárias
a Deus olhando para Meca;
- Zakat. Fazer obras de caridade e a
esmola;
- Swan. Jejum durante o Ramadã (em
um mês de 29 ou 30 dias do calendário; lunar do Islã), que se inicia com a
Hégira, a fuga de Maomé a cidade Saudita chamada Medina;
- Hajj. Peregrinar à Meca (Arábia Saudita),
ao menos uma vez na vida de cada muçulmano se dispõe de meios para fazê-lo
e saúde.
Estas cinco obrigações são os chamados "Cinco Pilares do Islã".
Por conta dessa quinta obrigação, milhões de pessoas vão todo ano a cidade
sagrada islâmica peregrinar em volta da Caaba, (construção cúbica localizada próximo ao centro da grande mesquita
de Meca (Arábia Saudita), santuário venerado pelos muçulmanos como o local mais
sagrado da Terra, e que contém a 'pedra negra' que teria sido enviada por Deus
a Adão para redimi-lo de seus pecados), - para os
pesquisadores essa pedra é um pedaço de meteorito -.
Todo ano centenas de
pessoas são mortas pisoteadas ao se dirigirem a cidade Saudita de Meca, em
peregrinação. Esse ano foram 769 mortos e 934 feridos, segundo o site G1[1].
Segundo Albert
Einstein: Insanidade é fazer a mesma coisa dia a após dia esperando resultados
diferentes.
As religiões sempre cometem
atos de insanidade, como a supracitada peregrinação a cidade “santa”, por dois
motivos óbvios: falta de racionalidade e não ser capaz de revisar seus dogmas e
pressupostos teóricos e doutrinários.
Levar três milhões de
pessoas numa praça andando em círculo em volta de um templo anos após anos,
vendo e filmando a morte de centenas de pessoas e isso não ser capaz de levar
seus líderes a fazerem uma reflexão sobre tal ato, é uma falta total de
respeito a vida humana e uma gritante falta de bom-senso e racionalidade.
A religião precisa ter
a grandeza da ciência e da Filosofia, que são capazes de admitir sua
falibilidade, seus erros e que seus pressupostos podem ser revisados e
alterados.
Não se deve insistir
com dogmas equivocados e ultrapassados em pleno século XXI. Testemunhas de
Jeová tem que revisar a insanidade de não permitir seus adeptos a realizarem
transfusão de sangue, evangélicos têm que questionar parte de sua liderança
endinheirada e picareta, católicos têm que questionar o dogma do celibato de
seus clérigos, a proibição do sacerdócio feminino e assinar a Declaração
Universal Direitos Humanos de 1948 que o Vaticano ainda não ratificou, as
religiões de matriz africana tem que se questionar sobre o sincretismo em seus
cultos, que muitas das vezes é uma exaltação a conteúdo dos cultos europeus,
povo que outrora os escravizaram e etc..
Questionar-se e rever
conceitos e posições é uma prova de grandeza, sanidade, bom-senso e dignidade.
Mas como diz o cético
Carl Sagan: Não é possível convencer
um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências;
baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar.
[1] http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/09/numero-de-mortos-por-tumulto-em-peregrinacao-meca-sobe-para-769.html