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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Dinheiro é o principal ídolo das civilizações[1]

 

 

Essa semana, escrevi um texto cujo título era “Idolatria uma marca dos seres humanos”. Nele eu discutia a capacidade inata do ser humano em criar ídolos para si e se prostrar a eles.

Os ídolos são muitos, eles se distinguem de lugar, cultura e civilização. Mas há um ídolo que prevalece desde tempos imemoriais, sua força atravessa milênios e séculos. Esse ídolo é o dinheiro.

Nenhum deus, nenhum espírito, nenhum orixá, nenhum ente da natureza divinizado, como sol, lua e eclipse, receberam e recebem tanta adoração, tanta devoção, tanto tempo e principalmente tantos sacrifícios como o deus dinheiro.

O dinheiro existe desde a Antiguidade, atravessou séculos e permanece todo poderoso e altivo entre nós.

Jesus usou a palavra hebraica Mamom (מָמוֹן), que significa literalmente dinheiro querendo ressaltar o perigo de transformar a riqueza em um ídolo, ao invés de ter o coração dedicado a Deus. Nesse sentido, o Mestre quis nos alertar que Mamom representa o domínio do dinheiro sobre a vida de uma pessoa.

Mamom na verdade descreve o apego a riqueza material ou cobiça, na maioria das vezes, mas nem sempre é personificado com uma divindade.

Jesus diz em Mateus 6:24: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom".

Cristo estava ensinando que não se pode se dedicar a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo, e que Mamom aparece como um tipo de personificação das riquezas e possessões, que aqui incluem: dinheiro, propriedades, alimentos, roupas, etc. Logo, Jesus está se referindo a um tipo de cobiça que corrompe o coração do homem e o afasta de Deus.

Alguém já disse: "Maldito é o dinheiro que cala a boca de uns, compra a amizade de outros e acaba com o caráter de vários".

O amor e dedicação ao dinheiro têm feito a humanidade cometer ações insanas e cruéis.

Por dinheiro se mata.
Manda assassinar.
Suicida-se.
Prostitui-se.
Escraviza-se.

O dinheiro é fonte de destruição:

De si mesmo.
Do próximo.
Da natureza e de toda a biodiversidade.
Do sentido de humanidade.
Da fraternidade entre os homens.
Da solidariedade.
Da compaixão.

A adoração e devoção ao dinheiro retiram-nos o tempo, pois todos os ídolos requerem atenção.

Perdemos o tempo dedicado à nossa família.
Tempo que podíamos dedicar ao lazer.
Tempo dos nossos filhos que trocamos lhes dando coisas.
Tempo dedicado a cuidar mais de nós e investir em nossa vida e saúde.

Por último, quem dedica muito tempo ao deus dinheiro, quando ganha muito, perderá parte substancial dele, ou todo ele, consertando os estragos que essa busca e dedicação cega e incessante causaram como a perda da saúde física, psicológica e espiritual.



[1]Artigo escrito em 07/08/2019, que traz uma profunda meditação sobre a adoração ao deus dinheiro. A Mamom, o mais idolatrado de todos os deuses. Aquele que mais recebe adoração e devoção entre os entes divinizados.

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