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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

E a tal “Marcha pra Jesus

 


A tal “Marcha pra Jesus” foi trazida para o Brasil pelo casal de “pastores” mercenários e ex-presidiários: Estevam e Sônia Hernandes. O quinto líder religioso mais rico do Brasil, segundo a Revista Forbes[2], com mais de 65 milhões de reais contabilizados em dinheiro, imóveis, fazendas e uma coleção invejável de cavalos de raça. Sua fortuna só fica atrás de Edir Macedo, Valdemiro Santiago, Malafaia e RR Soares.

O casal neopentecostal é líder e dono da Igreja Apostólica Renascer em Cristo. Foram presos nos Estados Unidos em 2007, ao entrar no Aeroporto de Miami com 56 mil dólares escondidos numa Bíblia, após declararem a Alfândega que só tinham U$ 10 mil. Por isso, foram condenados e levados a prisão nos EUA.

O “apostolo” Estevam e a “bispa" Sônia Hernandes foram os primeiros a usarem em seus cultos máquinas de cartões de crédito. Para que o fiel sem dinheiro pague seu dízimo e oferta bem à vontade, podendo em certas campanhas até parcelar. Normalmente pede-se que se pague em uma única vez, pois a casa do "Senhor" não pode pagar juros.

E a Marcha para Jesus onde começou? A primeira Marcha para Jesus — denominada "March For Jesus” — aconteceu em 1987 na cidade de Londres, na Inglaterra. Foi criada pelo pastor Roger Forster, da Ichthus Christian Fellowship, pelo cantor e compositor Graham Kendrick, por Gerald Coates, do movimento Pioneer e Lynn Green, do Youth With Mission. A expectativa inicial de 5 mil pessoas foi amplamente superada pela presença de 15 mil participantes, impulsionando a realização de outras edições do evento.

Em 1990 a “Marcha para Jesus” já estava em 49 cidades inglesas e também em Belfast (capital da Irlanda do Norte). Nesse evento irlandês reuniram-se católicos e protestantes.

No ano de 1993, a Marcha Para Jesus chegou ao Brasil por meio do Apóstolo Estevam Hernandes. A Marcha para Jesus faz parte do calendário oficial do Brasil desde setembro de 2009, quando a Lei Federal 12.025 foi sancionada pelo ex. presidente Luiz Inácio Lula da Silva[3].

Esse Evento internacional reúne milhões de pessoas, sobretudo no Brasil. A Marcha para Jesus de ontem, 21/06/2019, segundo informações do G1, reuniu aproximadamente 3 milhões de pessoas em São Paulo[4].

Mesmo com tamanha expressividade numérica esse evento sempre foi imensamente criticado. Especialmente a Marcha para Jesus brasileira e paulista. Os críticos são, sobretudo, cristãos de igrejas protestantes históricas ou tradicionais. Pois é um evento político-eleitoreiro. Todo ano tem a participação de dezenas de políticos de expressão nacional e local, que fazem discursos e pagam por fazê-lo ou trocam por benesses aos líderes do evento, como manter emissoras de Rádios e TVs no ar e fazer vistas grossas diante dos ilícitos e exploração dos fiéis praticadas pelas denominações desses pastores.

Criticam também por ser um evento que tem o intuito de exaltar mais os homens do que o Cristo. Que deixa nítido que “Marchar para Jesus" é na verdade juntar uma massa de fiéis alienados para fazerem número e mostrar o poder religioso e político de seus líderes.

Cantar e pregar num evento como esse com milhões de pessoas é uma marca inconteste de exaltação ministerial. Por isso, pregadores e cantores mais desconhecidos até pagam para participar no evento, como pagam em outro similar, os “Gideões Missionários[5]”. Em tais eventos não prevalece a máxima de João Batista: “O importante é que ele cresça e eu diminua". Aqui o que vale é o homem se exaltar e Deus está em último plano. Seu nome só é utilizado com fins meramente para exaltação e enriquecimento dos promotores do evento.

Tais homens esqueceram-se de uma outra máxima bíblica: “Que o Eterno não divide sua Glória com ninguém”.









[1] Escrito em 21/06/2019, com a finalidade de trazer a História da Marcha para Jesus e o seu uso político.

[2] Lista dos pastores mais ricos do Brasil: https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/forbes-lista-cinco-pastores-mais-ricos-do-brasil/

[3] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/L12025.htm

[4]Fonte:https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/06/21/marcha-para-jesus-em-sao-paulo-reuniu-45-mil-caravanas-veja-o-que-agradou-e-o-que-nao-agradou-aos-fieis.ghtml

[5] Inúmeras denúncias são feitas contra o “Congresso Gideão Missionários” por cobrar pregadores e cantores para se apresentarem no evento, especialmente os não famosos.

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