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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

A religião a serviço dos políticos[1]

 


Desde o início da trajetória humana na terra quando os seres humanos criaram seus diferentes mitos e logo a seguir suas inúmeras religiões, que existe essa mistura nefasta entre política e religião. Ou entre igreja e estado.

Por toda Antiguidade vemos reis e sacerdotes andando juntos. Em muitas civilizações o rei era o próprio sacerdote. Noutras como Egito e Roma os faraós e imperadores eram vistos como seres divinos ou divinizados.

Portanto, essa união deplorável entre política e religião é milenar. Sempre existiu e existirá. Só não pode ser vista como algo novo, muito menos deve ser visto como algo imutável e acima de críticas e denúncias.

Mesmo depois de milênios e com a criação do Estado Laico, que na teoria separa estado e religião, não foi de fato sacramentado essa separação na prática cotidiana. Até hoje religiões majoritárias servem de curral eleitoral para inúmeros políticos mundo a fora e, especialmente no Brasil.

Os líderes religiosos são cabos eleitorais bem pagos ou comprados a peso de ouro para enganar a massa ignorante e acéfala: a membresia que acredita que tais seres inescrupulosos, seus líderes, falam em nome Deus e/ou com o aval divino.

A foto acima[2] demonstra de forma inequívoca o uso da religião para fins políticos. Bolsonaro é só mais um político hipócrita que muda de religião conforme a conveniência e para agradar a platéia, visando apenas o voto e aprovação dos incautos.

Quando é conveniente ele frequenta cultos evangélicos, vai a igreja do charlatão Malafaia ou vai no Templo de Salomão receber as "bênçãos" do canalha-mor, Edir Macedo. Para enganar melhor a massa evangélica ele até se batizou no Rio Jordão, sendo batizado por outro picareta, líder cristão e político, o ex-candidato a presidente da República, o pastor Everaldo, um dos líderes do PSC (Partido Social Cristão).

Hoje para enganar outros religiosos trouxas, os católicos, aparece no maior templo católico do país para comemorar o feriado nacional, Dia de Nossa Senhora Aparecida, recebendo até a comunhão!

Infelizmente, o que Bolsonaro vem fazendo ao utilizar a religião para conquistar votos e frequentar locais de culto de religiões majoritárias (católica e evangélica) para posar de cristão e piedoso é prática comum de milhares de políticos brasileiros. Ele só é mais um a fazer do púlpito palanque político, das igrejas currais eleitorais e dos líderes religiosos picaretas -pastores e padres- meros cabos eleitorais com boquinha grande no governo.

Lembrando, que ano passado até a ateia Manuela Dávila e o candidato a presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, frequentaram missas e tomaram hóstia, no mesmo intuito de agradar o seguimento religioso e angariar votos.

Enquanto os cristãos genuínos, tanto na igreja católica quanto na evangélica, não se levantarem e denunciarem esse sacrilégio, ele continuará ocorrer. Pior que isso, a igreja continuará sendo motivo de escárnio e desprezo por aqueles que pensam e não aceitam essa blasfêmia.

Diga não a união estado e igreja. Púlpitos não são palanques de políticos picaretas. Nem de líderes religiosos sem o menor temor de Deus e escrúpulos!







[1] Texto escrito no dia em que Jair Bolsonaro visitou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo.

[2] Foto de Jair Bolsonaro na Basílica de Nossa Senhora Aparecida no dia 12/10/2019 e dele sendo batizado no Rio Jordão pelo Pastor Everaldo, ex candidato do PSC a presidência da República em 2014. Essas fotos estavam na publicação original no meu blog e no Facebook, NO DIA 13/10/2019, data da publicação do artigo.

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