Desde o início da trajetória humana na terra quando os seres humanos
criaram seus diferentes mitos e logo a seguir suas inúmeras religiões, que
existe essa mistura nefasta entre política e religião. Ou entre igreja e
estado.
Por toda Antiguidade vemos reis e sacerdotes andando juntos. Em muitas
civilizações o rei era o próprio sacerdote. Noutras como Egito e Roma os faraós
e imperadores eram vistos como seres divinos ou divinizados.
Portanto, essa união deplorável entre política e religião é milenar.
Sempre existiu e existirá. Só não pode ser vista como algo novo, muito menos
deve ser visto como algo imutável e acima de críticas e denúncias.
Mesmo depois de milênios e com a criação do Estado Laico, que na teoria
separa estado e religião, não foi de fato sacramentado essa separação na
prática cotidiana. Até hoje religiões majoritárias servem de curral eleitoral
para inúmeros políticos mundo a fora e, especialmente no Brasil.
Os líderes religiosos são cabos eleitorais bem pagos ou comprados a peso
de ouro para enganar a massa ignorante e acéfala: a membresia que acredita que
tais seres inescrupulosos, seus líderes, falam em nome Deus e/ou com o aval
divino.
A foto acima[2]
demonstra de forma inequívoca o uso da religião para fins políticos. Bolsonaro
é só mais um político hipócrita que muda de religião conforme a conveniência e
para agradar a platéia, visando apenas o voto e aprovação dos incautos.
Quando é conveniente ele frequenta
cultos evangélicos, vai a igreja do charlatão Malafaia ou vai no Templo de
Salomão receber as "bênçãos" do canalha-mor, Edir Macedo. Para
enganar melhor a massa evangélica ele até se batizou no Rio Jordão, sendo batizado
por outro picareta, líder cristão e político, o ex-candidato a presidente da
República, o pastor Everaldo, um dos líderes do PSC (Partido Social Cristão).
Hoje para enganar outros religiosos trouxas, os católicos, aparece no
maior templo católico do país para comemorar o feriado nacional, Dia de Nossa
Senhora Aparecida, recebendo até a comunhão!
Infelizmente, o que Bolsonaro vem fazendo ao utilizar a religião para
conquistar votos e frequentar locais de culto de religiões majoritárias
(católica e evangélica) para posar de cristão e piedoso é prática comum de
milhares de políticos brasileiros. Ele só é mais um a fazer do púlpito palanque
político, das igrejas currais eleitorais e dos líderes religiosos picaretas
-pastores e padres- meros cabos eleitorais com boquinha grande no governo.
Lembrando, que ano passado até a ateia Manuela Dávila e o candidato a
presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, frequentaram missas e
tomaram hóstia, no mesmo intuito de agradar o seguimento religioso e angariar
votos.
Enquanto os cristãos genuínos, tanto na igreja católica quanto na
evangélica, não se levantarem e denunciarem esse sacrilégio, ele continuará
ocorrer. Pior que isso, a igreja continuará sendo motivo de escárnio e desprezo
por aqueles que pensam e não aceitam essa blasfêmia.
Diga não a união estado e igreja. Púlpitos não são palanques de
políticos picaretas. Nem de líderes religiosos sem o menor temor de Deus e
escrúpulos!
[1] Texto escrito no dia em que Jair
Bolsonaro visitou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo.
[2] Foto de Jair Bolsonaro na Basílica de
Nossa Senhora Aparecida no dia 12/10/2019 e dele sendo batizado no Rio Jordão
pelo Pastor Everaldo, ex candidato do PSC a presidência da República em 2014.
Essas fotos estavam na publicação original no meu blog e no Facebook, NO DIA
13/10/2019, data da publicação do artigo.
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