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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

As razões da Vitória de Jair Bolsonaro 5

 A sociedade perplexa com tanta violência (por Acioli Jr.)

O Brasil é um país violento. Convivemos com a cultura da violência, que é alimentada pela impunidade. Impunidade é o gozo da liberdade mesmo que a pessoa tenha praticado algo passivo de punição, cuja pena é a privação de liberdade. Impunidade esta que é muito maior entre as classes mais abastadas da sociedade.

Um país em que 167 mulheres foram estupradas por dia em 2017, chegando neste mesmo ano a um número de 60 mil, é apavorante.

Em 2016, pela primeira vez na história, o número de homicídios no Brasil superou a casa dos 60 mil em um ano. De acordo com o Atlas da Violência de 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o número de 62.517 assassinatos cometidos no país em 2016 coloca o Brasil em um patamar 30 vezes maior do que o da Europa. Só na última década, 553 mil brasileiros perderam a vida por morte violenta. Ou seja, um total de 153 mortes por dia.

Pelo menos 3.444 pessoas foram assassinadas no mês de agosto deste ano (2018) no Brasil. O número, porém, é ainda maior, já que quatro Estados não divulgam os dados.

O índice nacional de homicídios, ferramenta criada pelo G1 (sugiro que você coloque como nota de rodapé o que é o G1), permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Já são 34.305 vítimas registradas nos primeiros oito meses de 2018.

Segundo reportagem da Revista Isto É, o número de assaltos no Brasil é o dobro do da média mundial. Só em São Paulo são furtadas 135 motocicletas por dia.
Diante desse cenário, com milhares de comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e milhões de pessoas vivendo oprimidas por traficantes e milicianos, a sociedade pede socorro e anseia por alguém que possa solucionar o problema gravíssimo que é a violência e o domínio de vastos territórios por facções criminosas.

Com discurso duro de enfrentamento a criminosos, valorização das forças armadas e das polícias Federal, Civil e Militar, Jair Bolsonaro desponta como o “Messias”, como o verdadeiro salvador da pátria.

Diga-se de passagem: a população, que diuturnamente enfrenta a violência e perde familiares, anela por uma política de segurança pública mais contundente e de leis mais severas, além do fim da famosa saidinha dos presídios, que obviamente proporciona mais crimes e dor à população.

Sou totalmente contrário à política de segurança de Jair Bolsonaro, pois ela obviamente não dará nenhuma solução ao problema. Não se combate violência com mais violência nem criando pena de morte, uma vez que somente pobres e negros seriam condenados, deixando os mais ricos impunes, como sempre o foram no Brasil. Além disso, mesmo em países de leis duras e pena capital como os EUA, não se resolveu o problema da criminalidade, lembrando que eles lideram o número de presos em seu sistema prisional, chegando aos 2,24 milhões, conforme a EXAME[1] informou.

O que diminui a criminalidade é a mitigação das Desigualdades Sociais. O Brasil é o 8º país mais rico do mundo. Gera-se riqueza mas não se divide o que é produzido, aliás a cada dia tal riqueza se concentra mais nas mãos dos mais ricos. Aqui vale a máxima: “O rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre”. Enquanto tivermos milhões de miseráveis, haverá altos índices de criminalidade, apesar de sermos o maior produtor de alimentos do mundo (e desperdiçadores!)

Juntamente às Desigualdades Sociais, há também o sério problema do desemprego no Brasil. Boa parte dos 13,4 milhões de desempregados (número de 2017) são pela extrema necessidade levados ao tráfico, que os remunera muito bem, e a cometerem furtos e assaltos.

A criminalidade, antes de ser um problema de caráter, é um problema originário da fome e da miséria humana. É sim um problema social. Enquanto não acabarmos ou minimizarmos esse problema, não haverá solução contra a violência. E o enfrentamento com mais violência e ocupações pelas forças armadas como quer o deputado Jair Bolsonaro não resolverá absolutamente nada.

Lamentavelmente, embora saibamos que não resolverá, essa política do enfrentamento satisfaz aos anseios de uma população que não aguenta mais ser violentada e clama por vingança. Isso mesmo, a sociedade clama muito mais por vingança do que por justiça. E muitos veem no candidato do PSL o “mito” vingador.

Além de acreditarem que com o Fernando Haddad, assim como os demais presidenciáveis, não haveria solução para o problema da violência no Brasil. Por isso, preferem apostar no capitão.

          O povo tem razão em ansiar pela solução do problema da violência. Para o leigo e desesperado, enganosamente, a solução chama-se Jair Messias Bolsonaro!



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