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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Eu NÃO respeito todas as formas de fé e muitos credos religiosos!
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
Religião e Colonização!

Semana retrasada, eu palestrava na II Feira inter-religiosa de Búzios, sobre a religião como um fenômeno social. Em um dos tópicos quando falava de Religião como fenômeno da colonização, usei dois exemplos clássicos para exemplificar minha fala: o Brasil que está localizado na América do Sul, longe do continente europeu, é o maior país católico do mundo, pois éramos uma colônia católico-portuguesa. Os Estados Unidos da América, localizado na América do Norte, é o maior país protestante do mundo, com mais de 80% da sua população professando essa fé, por que foi colonizado pela Inglaterra no século XVII, portanto, assim como nosso país, a grande maioria da sua população segue a religião do seu colonizador.
Sei que as pessoas religiosas normalmente são desprovidas de senso-crítico,
sobretudo quando se trata de fazer uma análise da sua própria fé ou religião,
elas consideram sua religião uma construção divina, no caso dos cristãos
católicos e protestantes, uma dádiva do “único” Deus. Mas essa reflexão que
agora trago, tem o objetivo de você se questionar: “A minha religião foi Deus
quem trouxe a meu país ou foi uma imposição do nosso antigo colonizador?”
Colonização, para nós historiadores, se resume na imposição do mais
forte sobre o mais fraco, é um estupro cultural. Aqueles que possuem maior
capacidade bélica adentrando outros territórios e impondo sua cultura, seus
valores, sua língua e sua religião. Além de explorar a terra, seus habitantes,
inclusive por meio da escravização.
A religião nesse processo é fundamental, pois ela serve como braço
político e ideológico do colonizador, fazendo com que em pouco tempo os
explorados se sintam integrados a sua nova situação nefanda, porém, aceitando
essa mesma situação. Em pouco mais de um século de catequização religiosa, ideológica
e política poucos são aqueles colonizados que não vão aderir a esse processo
massificante.
É por isso que falamos português e os norte-americanos inglês, diante
disso temos os valores ibéricos enquanto eles possuem valores britânicos, portanto
somos na maioria católicos romanos enquanto eles protestantes. Ambos vivendo no
continente americano e possuindo os valores do continente europeu.
E suas populações continuam frequentando templos das religiões de seus
exploradores e agradecendo a Deus pelas missões colonizadoras. Que mataram
milhões de nativos, autóctones, que eles deram o nome genérico de índios. A
religião com certeza é o melhor instrumento de manipulação social. Ópio do povo
como dizia Marx. Pois só ela mantém as massas oprimidas e ao mesmo tempo agradecidas.
[1] Texto escrito em 01/08/2015, após minha
palestra na Feira Inter-religiosa de Armação dos Búzios, cujo tema foi: “A
Religião como Fenômeno Social”.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Quem governa o Brasil: ateus ou religiosos?
Hoje, numa Rede Social, um amigo judeu fez a seguinte postagem,
se referindo ao governo da Dilma e ao PT: “Na Bíblia diz: ‘Bendita é a nação
cujo Deus é o senhor.’” Infelizmente o Brasil está há anos sendo governado por
pessoas ateias sem o menor temor ao Eterno, sem o menor escrúpulo e
honestidade, ainda por cima apoiam, defendem e se aliam aos governos tiranos e às
pessoas loucas iguais a essas (se referindo ao vídeo do Estado Islâmico).”
Eu não consegui me conter diante de tamanho equívoco e com todo
respeito me posicionei contra o que ele afirmou, os ateus no Brasil são 0,39 %
da população, conforme o censo de 2010, apesar de estarem em crescimento. O
Brasil é o maior país católico do mundo e tem assistido um surto de crescimento
dos evangélicos, além de sua múltipla religiosidade. Os ladrões, canalhas e
picaretas que estão usufruindo do poder em nosso país são RELIGIOSOS, e dizem
crer e servir a Deus. A segunda maior bancada do congresso é a evangélica, só
ficando atrás da ruralista. E a maioria dos congressistas se declaram
católicos.
O problema da nossa nação é que os ditos religiosos são de
fachada, - vivem no faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço -, pior que
as pessoas sem religião e sem fé!”
Em 2010, conforme o IBGE, cristão eram 86,8% da população
brasileira; católicos que em 1970 eram 91% caíram para 64,6; e evangélicos em
alta são 22,2%.
O colunista da Revista Veja, Reinaldo Azevedo, assim se referiu
a esse fato:
"O Brasil ainda é a maior nação católica do mundo, mas, na
última década, a Igreja teve uma redução da ordem de 1,7 milhão de fiéis, um
encolhimento de 12,2%. Os dados são da nova etapa de divulgação do Censo de
2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A tendência de
redução dos católicos e de expansão das correntes evangélicas era algo
esperado. Mas pela primeira vez o Censo detecta uma queda em números absolutos.
Antes do levantamento de 2010, o quadro era apenas de crescimento de católicos
em ritmo cada vez menor. Mantida essa tendência, em no máximo 30 anos católicos
e evangélicos estarão empatados em tamanho na população. Os números mostram uma
redução acentuada de poder da Igreja Católica no país nas últimas décadas: a
mudança foi lenta entre 1872 e 1970, com perda de 7,9% de participação no total
da população ao longo de quase um século; e tornou-se acelerada nos últimos 20
anos, quando a retração foi de 22%[1]".
O que estou querendo mostrar trazendo esses dados estatísticos é
para que você, caro leitor religioso, não cometa o mesmo erro de meu amigo,
acusar erroneamente o segmento minoritário de nossa sociedade do caos instalado
política e economicamente em nosso país, sobretudo, em nível da moralidade.
Sei que é difícil para aqueles que vivem se auto intitulando os
baluartes da moral e bons costumes admitirem que o fato de serem maioria
absoluta, não quer dizer, muito menos garante historicamente, uma melhoria
social e ética.
Nós somos uma nação cristã e com enorme pluralidade religiosa, o
Brasil desponta no mundo, como um dos países com a maior quantidade de credos
diferentes e antagônicos. Porém, essa religiosidade nunca nos elevou no sentido
humanitário, educacional e moral. Continuamos sendo o país do jeitinho, da
sacanagem, da picaretagem e da corrupção.
Estamos cheios de ditos homens e mulheres de “deus” nas câmaras
municipais, assembleias estaduais e no Congresso Nacional. Sem contar que
nenhum de nossos presidentes tenha se declarado ateu ou agnóstico, até porque
se o fizerem não ganharão nenhuma eleição. Todos eles se declararam católicos,
com exceção do General Ernesto Geisel, que era luterano, e governou no período
ditatorial.
Cerca de 84% dos brasileiros votariam em um negro para
presidente; 57%, em uma mulher; 32%, em um homossexual... e apenas 13%, em um
ateu, indicou uma pesquisa da revista Veja de 2007, a última deste tipo
realizada no país.
Leonardo Boff costuma dizer que muito mais importante do que
professar uma religião é ter uma boa conduta. Seja perante a família, a
sociedade, aos amigos e também à política.
Jesus, certa feita, disse aos seus discípulos que os mesmos
deveriam ser sal da terra e luz do mundo. Mateus 5: 13-14 “Vós sois sal da
terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta
senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo;
não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”.
O mestre quis dizer que os cristãos devem dar sabor, gosto aos
desgostos humanos, deve purificar e preservar o que ainda pode ser preservado
de valor nesse mundo (função do sal). Também devem ser luz, com a função de
brilharem em meio as trevas da ignorância e endireitar e iluminar os caminhos
tortuosos. Porém, se os mesmos falharem em sua missão, serão execrados,
humilhados e achincalhados (pisados pelos homens). A igreja, as religiões e
seus membros historicamente não cumpriram a missão que lhes fora confiada, com
raríssimas exceções, por isso, caíram em descrédito e escárnio social.
Qual o impacto em se dizer cristão ou membro de qualquer outro
credo religioso? Nenhum! Qual a garantia que um candidato cristão, pastor ou
bispo após eleito será melhor que um não crente? Nenhuma! Qual a diferença de
conduta social de um religioso para um não crente? Nenhuma, com raras exceções!
A bancada evangélica líder de escândalos e falcatruas corroboram minhas
respostas. Os políticos ditos religiosos – quase todos- de nossa região e
município, também confirmam minha afirmação.
A religiosidade de um povo nunca foi e nunca será garantia de
melhoria social. Os países com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) têm
paulatinamente se tornado não religiosos e laicos.
Ouvi uma história muito interessante há muitos anos e gostaria
de terminar esse artigo com ela. É a história de um soldado do general e
imperador Alexandre Magno, o Grande, que fora acusado de deserção e trazido até
o rei. O imperador olhou para o soldado e se afeiçoou por ele, depois o
perguntou: “É verdade que desertastes?” O jovem trêmulo lhe disse: “Sim é
verdade.” O rei voltou a perguntar: “Qual é o seu nome?” Ele respondeu: “Meu
nome é Alexandre.” Então o imperador mudou a feição e enfurecido e disse: “Ou
você muda de nome ou muda de conduta, pois não pode carregar o meu nome e ter
essa conduta!”
Amigo, se você se autointitula cristão e vive uma vida indigna desse nome, você só tem
duas coisas a fazer, ou você muda de nome (deixa de ser cristão e religioso) ou
muda de conduta, passando a ser verdadeiramente sal da terra e luz do mundo!
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
- Sahada: Aceitar a profissão de fé "Não há
mais Deus que Alá e Maomé é o enviado de Alá"
- Salat. Realizar as orações diárias
a Deus olhando para Meca;
- Zakat. Fazer obras de caridade e a
esmola;
- Swan. Jejum durante o Ramadã (em
um mês de 29 ou 30 dias do calendário; lunar do Islã), que se inicia com a
Hégira, a fuga de Maomé a cidade Saudita chamada Medina;
- Hajj. Peregrinar à Meca (Arábia Saudita),
ao menos uma vez na vida de cada muçulmano se dispõe de meios para fazê-lo
e saúde.
terça-feira, 1 de setembro de 2015
As religiões e a Intolerância!
Já a Intolerância é seu oposto, é a não aceitação do modos de viver do diferente. É achar que a única janela correta para se enxergar a vida é a nossa. A nossa pseudodemocrática civilização ocidental sempre agiu assim em relação aos povos do Oriente, Ásia, África e América, excetuando-se na América os norte-americanos.
Temos a péssima mania de querer impor o nosso modo de pensar, agir e crer sobre os outros. Isso ocorre culturalmente, quando principalmente os Estados Unidos e Europa tentam imprimir seus valores culturais aos demais países e povos, numa marcada prática etnocêntrica, valores como democracia, cristianismo, "liberdade", capitalismo, globalização e etc.
Mas, em nenhuma outra ação humana é tão notório a intolerância quanto nas religiões. Por quê? Porque as religiões, sobretudo as monoteístas, aquelas que professam a crença num único Deus, como judeus, cristãos e muçulmanos, se colocam como os únicos possuidores da "VERDADE". Aí, reside o problema das religiões, a suposta posse da verdade. Pois não pode haver duas ou mais verdades antagônicas sobre o mesmo tema ou objeto. Uma coisa não pode ser outra coisa ao mesmo tempo, pois isso feriria o princípio da racionalidade e da lógica. Traduzindo, Se existe somente um Deus, obviamente pensam os religiosos, esse deus é o meu, da minha religião, do meu credo, aquele que cultuo e professo. E os outros deuses? Ou não existem, portanto, são falsificações. Ou são todos eles, manifestações do Diabo. Pois, se uma religião possui a verdade ela é de Deus, e se a outra que é contrária, portanto antagônica, é diferente a divindade, o culto e os ritos ela é mentirosa e, portanto do Diabo. Essa é a lógica da Inquisição católica medieval. A igreja se reputava como única portadora da verdade, possuía o monopólio de Cristo, quem pensava diferente era o Herege, portanto é aquele que necessita ser morto, pois o mesmo é um instrumento de Satanás, podendo através de falsas doutrinas contaminar todo o rebanho.
Até o ato de proselitismo, tão comum nas religiões, é um ato de intolerância. Pensem, por que será que as instituições religiosas tem missionários que são enviados a pregar em outros povos e civilizações que já possuem suas religiões? E por que os crentes das distintas religiões estão sempre querendo convencer o de outro credo que ele está equivocado? Porque ele crer que é possuidor e portador da verdade sobre Deus, e os seguidores de outras religiões estão nas trevas da ignorância, são enganados e vivem na mentira achando estarem na verdade, por isso ele deve ser evangelizado e convertido a verdadeira religião, só assim ele encontrará a verdade e a salvação. Pois se permanecer na sua estará perdido.
A lógica é a seguinte, como expressa no quinto parágrafo. Cabe aqui exemplificar, se a salvação é através do sacrifício de Jesus na cruz do calvário, todas as formas de reencarnações são falsificações, e vice-versa. Como seriam falsas a auto-salvação budista, o Carma hinduísta, a proclamação islâmica e todas as outras formas diferentes de pregações salvíficas. Ou seja, para as religiões não cabe o famoso ditado que: "todo caminho leva a Roma", querendo dizer que todo caminho leva a Deus. Não, isso é inaceitável e incoerente com as pregações religiosas. Pois somente o caminho pregado por cada religião leva a deus, portanto, as religiões são dogmáticas e intolerantes, e não relativistas como pensam os incautos.
Como pesquisador do fenômeno religioso, diante da problemática exposta, a única postura aceitável é o ceticismo. Isso pelo fato de que as religiões são diversas em constante crescimento e multiplicação de doutrinas e ritos antagônicos e todas elas se autoproclamando a única possuidora da verdade e com o monopólio sobre Deus. Sendo impossível aferir tal "verdade" ou quem de fato está com a "verdade". A não ser que o próprio deus ou deuses viessem pessoalmente à terra e nos revelasse o correto, fora isso, os discursos religiosos nada mais são que suposições vazias, subjetivas que carecem de provas e objetividade.