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terça-feira, 1 de setembro de 2015

Os verdadeiros heróis da fé!



Na década de 1990 um livro intitulado “Heróis da Fé” de Orlando de Boye fez grandioso sucesso. Ele falava dos ilustres reformadores protestantes, Lutero, Calvino e Zwingli; além dos considerados pré-reformadores como Wycliff e Jan Hus e Savonarola.
Inúmeras religiões possuem entre seus líderes homens que podíamos chamar de verdadeiros heróis da fé. A Igreja Católica tem Francisco de Assis, um dos maiores exemplos de humanidade, que segundo Leonardo Boff: “Depois do único (Jesus) ele é o primeiro.”, além de Tomás de Aquino e outros. O hinduísmo tem o famoso pacifista Mahatma Gandhi, que lutou contra o imperialismo inglês, dando uma verdadeira lição de humanidade. O protestantismo moderno tem a figura exemplar de Martin Luther King Junior, pastor batista, que lutou pelo direito dos negros norte-americanos. No Brasil temos no kardecismo a figura extremamente humanitária e despojada de Chico Xavier.
Por mais que eu seja um grande admirador desses grandes homens e os considerarem grandes exemplos de humanidade, venho aqui falar sobre outros heróis, que existem aos milhares dentro de diversas religiões e muitas vezes fora dela, que levam uma mensagem salvadora ao mundo e aos homens, todavia, ninguém conhece seus nomes, mas eles são os verdadeiros heróis e heroínas da fé, os anônimos que segundo o livro de Hebreus, “são homens dos quais o mundo não é digno”.[1]
Quem são essas pessoas inomináveis? São aqueles que a cada domingo e dia de visitação estão nos hospitais visitando doentes, trazendo-lhes uma mensagem de conforto e esperança. Visitando asilos, onde as famílias depositam seus idosos, e eles são os únicos que agora podem ser chamados de parentes dos velhinhos, pois na verdade são os únicos que se importam com eles. São aqueles que visitam presídios, tanto masculino quanto feminino, daqueles que a sociedade considera a escória da terra e indignos. Até nesses lugares os anônimos da fé, os verdadeiros heróis de nossos tempos estão. Também estão em presídios de menores e em lugares impenetráveis como favelas dominadas pelo narcotráfico, mas ninguém conhecem seus nomes.
Ledo engano, as pessoas considerarem que os pregadores poliqueiros midiáticos que estão mais interessado no dinheiro alheio, fama e poder político são os verdadeiros baluartes da fé, pelo contrário, são picaretas travestidos de sacerdotes.    
Para aqueles que acreditam no Grande dia do Juízo, com certeza terão enorme surpresa. Pois aqueles que se assentarão a mesa do Pai, serão os anônimos da fé. Pois tais homens e mulheres se alimentam da discrição, enquanto os picaretas da propaganda.
Jesus disse que naquele grande dia, ele dirá aos “justos”, os anônimos heróis da fé:

Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me.
Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar?
O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.

Ele continuou a história e disse aos “injustos”, religiosos de fachada e alegradores de auditórios (pseudopregadores):

Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, (...)
Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me.
E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos?
Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.[2]

Abraham Lincoln, ex presidente norte-americano, certa feita disse: “Se faço o bem, fico bem; se faço o mal, fico mal. Portanto, minha religião é o bem”. O apóstolo Tiago afirma: “Aquele, pois, que pode fazer o bem e não o faz, comete pecado”.[3]
“A religião que Deus, nosso Pai, aceita como sincera e imaculada”, diz-nos o supracitado Tiago, “é visitar as viúvas e os órfãos em suas dificuldades...”.[4]
Diante do exposto, espero caro leitor, que você seja capaz de diferenciar e valorizar os verdadeiros heróis e heroínas da fé, que gastam sua vida em prol da humanidade, mesmo em total anonimato; dos que mercadejam a palavra de “Deus” e daqueles que muito gritam em nome Dele, mas que suas vidas são vazias de prática e significado. Não se esquecendo, que encenação e coreografia religiosa não é sinônimo de espiritualidade.





[1] Hebreus 11:38
[2] Mateus 25: 34-46
[3] Tiago 4:17
[4] Tiago 1:27

Um comentário:

  1. O que a mão direita faz a esquerda não precisa ficar sabendo .esse são heróis esquecidos que a religião não abraçar.

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