Jesus
é o caminho as “igrejas” o Pedágio
Tem um versículo do livro de João muito
utilizado para a prática de proselitismo, ele diz: Disse Jesus: “Eu sou o
caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Não tenho
nada contra o texto, e na verdade, o considero muito belo e capaz de suscitar
uma excelente reflexão teológica.
Mas se Jesus é o caminho, infelizmente
muitas igrejas são o pedágio, que são mais caro que o da Vialagos, e o valor
cobrado por essa concessionária é um dos mais exorbitantes do Brasil.
Até o terceiro século da era cristã, a
igreja que nesse período não era institucionalizada, mais era como a tradução
do termo Eclésia no grego indica “os chamados para fora”, uma comunidade que se
reunia em nome de Jesus, sobretudo, para ajuda mútua e ensino das escrituras.
O livro de Atos na bíblia nos mostra de
maneira clara e explícita o quão diferente era aquela comunidade conhecida como
igreja Primitiva das ditas igrejas modernas. Hoje essa comunidade se tornou um
modelo e um arquétipo do cristianismo verdadeiro.
Com a liberdade concedida através do
Édito de Milão promulgado a 13 de
junho de 313 pelo imperador Constantino (306-337), assegurou a tolerância e
liberdade de culto para com os cristãos, alargada a todo o território do
Império Romano. Mais tarde com o Édito de Tessalônica também conhecido como
Cunctos Populos ou De Fide Catolica foi decretado pelo imperador romano
Teodósio I a 27 de fevereiro de 380 d.C. pelo qual estabeleceu que o
cristianismo tornar-se-ia, exclusivamente, a religião de estado, no Império
Romano, abolindo todas as práticas politeístas dentro do império, agora chamada
de práticas pagãs.
A partir
da institucionazação da igreja, o que se viu e o que a história demonstra é que
não existe nada tão aviltantemente anticristão, que o dito “cristianismo”. O
Cristianismo do quarto século aos nossos dias é a negação do que Jesus foi,
encarnou e viveu. O Cristo dos evangelhos não se parece em nada do Cristo das
religiões cristãs.
No
evangelho Jesus ama as pessoas e investe em amor nelas, o cristianismo ama
prédios (que eles chamam erroneamente de igreja) e os adornam como se Deus
estivesse preocupado com templos luxuosos, Ele se preocupa é com a vida humana.
Nos evangelhos
Jesus manda dar ao pobre não explorá-lo, e a Igreja de Atos partilhavam tudo
entre si, as ditas igrejas/institucional tiram dinheiro do pobre, se puderem arrancam até o
seu último tostão da passagem de ônibus, através da prática legalista do dízimo
judaico, das ofertas, das ditas primícias, dos cultos de “libertação”, das
campanhas esdrúxulas e de correntes ridículas; baseadas nos textos do Velho
Testamento. Muitos líderes inescrupulosos usam de meios escusos e reprováveis
para arrancar do povo o último centavo, a fim de viverem no fausto e no luxo.
Sem contar a falta de transparência na prestação de contas e o povo não sabe
(muitos nem querem saber) o quanto entra nos cofres da igreja nem onde os
recursos são aplicados.
Jesus
mandou amar as pessoas, as igrejas e seus líderes usam as pessoas como mero
meio de obter lucros, com raras exceções. Se o Brasil fosse um país minimamente
sério, a maioria dos líderes religiosos, sobretudo, os pregadores midiáticos já
estariam mofando na cadeia e seus bens nas mãos do Estado.
Pois foi
uma vergonha para a nação brasileira assistir na TV que um líder picareta e sua
esposa foram presos e ficaram detidos nos EUA, mostrando que na América do
Norte a justiça e as leis funcionam e aqui no Brasil são motivos de piadas.
Infelizmente,
concluo esse texto dizendo: Jesus continua a ser o caminho, enquanto a maioria “igrejas” um
caro pedágio.
Acioli
Junior: Graduado em História e Filosofia, especialista em Ciências da Religião
e mestre em Ensino de História.
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