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sábado, 14 de janeiro de 2017

A população acrítica e a Câmara do Silêncio

A população brasileira sempre foi marcada pela sua acriticidade. E quando se mostra crítica, sempre o faz sendo massa de manobra, seguindo a ideia de algum líder, mídia ou grupo hegemônico na sociedade.
Em 2013, as manifestações que tomaram conta do Brasil, talvez possa ser a única exceção dessa regra. Pois as mesmas se mostraram espontâneas, sem nenhuma liderança política, sindical e religioso-carismática por trás do evento, por isso, essas manifestações chocaram tanto a classe política brasileira, os enchendo de medo, alguns de pavor. Mas o gigante que pareceu ter despertado do sono voltou a dormir. Quando ameaça a despertar-se, cai no jogo da polarização nefasta: PT X PSDB, Direita X Pseudo Esquerda.
A população cabo-friense não foge a essa regra que subjaz na população brasileira como um todo, ainda mais num lugar onde a maior fonte de emprego é a senhora prefeitura, que mesmo pagando salário de fome, permanece como a maior empregadora, com sua nefasta política de contratos temporários e portarias, mantendo o voto do cabresto e impedindo o crescimento da cidade. Por isso, aqui impera a lei do silêncio!
A mídia cabo-friense, como a mídia do país tupiniquim, como um todo, é comprada, parcial e político-partidária, com raríssimas exceções, se é que existam exceções nesse caso. Até parte significativa da liderança religiosa é corrupta e comprada, vendem e negociam os votos de seu “rebanho” sem o menor temor, escrúpulo e desfaçatez. As igrejas viraram comícios e os púlpitos palanques dos picaretas. As ovelhas, coitadas, são espoliadas, iludidas e enganadas pelos canalhas e mercenários da fé.
Um país em que Edir Macedo, Valdemiro Santiago, Malafaia, RR Soares, Estevan Hernandes e Agenor Duque (só para citar alguns mercenários da fé) tem rebanhos com milhões de membros, não pode ser um país onde as pessoas pensam criticamente, muito menos usam da sua faculdade da razão. Da mesma forma que um povo que acredita que Lula é o “homem mais honesto do Brasil” é um povo acéfalo. Assim como, os que acreditam que o vendilhão das estatais do Brasil – o senhor FHC – foi um bom governante, essa pessoa não sabe nem o que é um governo, nem para que o mesmo serve.
Voltemos a Cabo Frio e a seus vereadores comprados e serviçais do poder executivo. Albert Einstein tem uma frase que diz: “Insanidade é fazer a mesma coisa esperando resultados diferentes”. Se você amigo, esperava que essa nova composição Câmara e os nossos “nobres” vereadores fossem agir de forma distinta, você além de insano é uma pessoa que vive no autoengano. Historicamente falando, ela sempre agiu assim. Ainda mais que eles precisam repor a grana que gastaram para ganharem a eleição, o que eles recebem em quatro anos de mandato, incluindo salários e vantagens inerentes ao cargo, está muito aquém do que gastam em cada pleito eleitoral, por isso legislam para os seus financiadores de campanha (empresários e empreiteiros) e ficam a mercê do poder executivo.        
    A outra regra válida para os “digníssimos” vereadores é tão válida quanto à primeira: “A falsa oposição de ontem é a situação de hoje. E a situação de ontem é a falsa oposição de hoje”. E assim, se prossegue no circo do engano, onde a população é o palhaço. E o pior dos palhaços na massa populacional, são aqueles que negam os fatos narrados acima!

Um grupo significativo de vereadores que votam contra a transparência dos atos públicos, estão simplesmente mostrando o que são e para que se elegeram.  E o mais engraçado no circo (Câmara Municipal) é o fato de que os que cobravam transparência do governo passado impedem a transparência do atual; e os que eram contra a transparência dos atos públicos do governo passado, são a favor da transparência do atual. Em suma, são todos farinha do mesmo saco. A exceção dessa regra por enquanto, e espero que prossiga, é o vereador que propôs a lei da transparência. O restante é tudo mais do mesmo.  

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