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segunda-feira, 11 de julho de 2022

As duas maiores forças políticas do Brasil: o antibolsonarismo e o antipetismo


Para as pessoas mal-informadas ou, para aquelas que são incapazes de perceber o cenário político atual ou, ainda, aquelas que caem no jogo ardiloso e desinteligente da polarização, acreditam que as maiores forças políticas do Brasil sejam o lulopetismo e o bolsonarismo. 

Pensar assim é uma demonstração inequívoca de que não se faz a leitura da realidade circundante, não se sabe ler pesquisas eleitorais e que se faz de cego e surdo diante da complexidade do momento atual.

Não, caro amigo. Não se trata de Lula e Bolsonaro, que possuem a primazia no momento político atual, mas a sua negação e oposição: o antipetismo e o antibolsonarismo. 

O fato de ambos estarem à frente nas pesquisas não quer dizer que a população está com eles, mas que, simplesmente, estão os escolhendo pela aversão e rejeição que possuem por cada um dos dois. Eu explico.

Vamos pensar em 2018, na vitória de Jair Bolsonaro. Ele não ganhou às eleições por ser um grande político, até porque ele sempre foi um parlamentar medíocre e falastrão do baixo clero na Câmara; aprovou dois míseros projetos sem qualquer relevância social em 28 anos como parlamentar; não dirigiu, se quer, uma comissão e nunca governou, absolutamente nada. Portanto, não tinha credenciais para ganhar uma eleição presidencial. O que gerou a vitória dele foi o antipetismo, ou seja, esse sentimento ainda espraiado na população de rejeição e aversão ao Partido dos Trabalhadores (PT). A maioria absoluta de quem votou em Bolsonaro não o fez por conta de seus méritos, mas por ódio e ojeriza ao lulopetismo, motivado por inúmeros escândalos de corrupção veiculado pela mídia e insuflado pela Operação Lava Jato, especialmente pelas condenações judiciais dos grandes empresários e políticos de renome aliados ao partido.

É esse mesmo antipetismo, que ainda dá sustentabilidade a Bolsonaro e o mantém em segundo lugar nas sucessivas pesquisas de intenção de votos, além, obviamente, do fanatismo e da cegueira de seus seguidores que, hoje, estão na casa dos 28% dos eleitores brasileiros. Esses que mesmo pagando R$ 9,00 na gasolina ou diesel, R$ 130,00 no botijão de gás e, indo ao supermercado, mesmo estando com R$1.000,00 e, não fazendo uma compra digna e satisfatória, ainda assim consideram (ou fingem) que o governo é maravilhoso. 

As pesquisas eleitorais dos seis principais institutos são claras: a rejeição de Jair Bolsonaro varia de 52% a 61%, enquanto que a de Lula varia de 43% a 47%. Isso é uma inequívoca e incontestável demonstração de que as duas principais forças políticas do Brasil são o antibolsonarismo e o antilulopetismo.

Traduzindo, as pessoas declaram votar em Bolsonaro com medo de Lula, enquanto outras votarão em Lula por pavor de Bolsonaro. O voto está sendo decido pelo medo, ódio, asco e ojeriza a um ou ao outro.

A população está em parte apavorada com a volta de Lula e do PT ao poder, enquanto outra parte está horrorizada com a permanência de Bolsonaro na presidência da República. 

Por conta disso, não conseguem apostar na ascensão de outros candidatos ao poder. Essa é a razão do naufrágio da candidatura do Ciro Gomes e da chamada terceira via. O medo de certo grupo político faz as pessoas somente visualizarem aquele que se mostra como seu principal adversário ou opositor. Assim sendo, pensam a maioria que, para tirar Bolsonaro do poder, a única solução é votar no Lula, enquanto outros pensam que, para o PT e Lula não voltarem ao poder, a única possibilidade é votar no Mito.

Eu, particularmente, não caio nesse jogo de eleger o menos pior. Nunca permitiria que a minha mente seja vassala da mediocridade e da polarização, que só consegue visualizar dois candidatos ou dois grupos políticos num universo diverso de ideias, partidos e perspectivas. Por isso, continuarei rejeitando o petismo e o bolsonarismo. Sim, eu sou um ardoroso antipetista e antibolsonarista. Nenhum dos dois grupos e projetos de poder me representam nem possuem meu respeito e a mínima consideração. Eu rejeito a ambos, tenho asco deles e não comungo com nenhum dos dois grupos.

Seja capaz de enxergar como águia, de se colocar acima do senso comum e da polarização nefanda. Não vote em candidatos extremamente rejeitados e que não possuem nem projeto de poder e nem proposta coerentes e exequíveis.

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