Hoje numa rede social um
amigo, também especialista em Histórias das religiões, fez a seguinte
publicação: “Em relação a Religião... não vejo como sermos unidos em IDEOLOGIAS
e DOGMAS.... Só existirá um caminho que poderemos andar juntos... o RESPEITO!
EU RESPEITO TODAS AS FORMAS DE FÉ”.
Eu
fiz um comentário deixando claro que não respeitava todas as formas de fé. E
direi por que não respeito!
Antes
de responder gostaria de salientar que sou a favor da liberdade de crença, como
ordena nossa Constituição Federal, no seu Art. 5º, creio que qualquer ser humano
tem o direito de acreditar no que quiser, numa pedra, num pedaço de pau, num
ídolo de gesso, na trindade, na reencarnação, em Jesus, em Alá, em Buda ou até
mesmo o direito de não acreditar em absolutamente nada.
Agora,
o que não podemos é respeitar todas as formas de crença ou religião, pois
muitas delas claramente são contrárias aos direitos fundamentais defendidos
pela própria Carta Magma, supra citada e a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, de dezembro de 1948.
As
formas de fé e religiões que não respeito são:
·
Aquelas que não respeitam à vida, por
exemplo proíbem que seus membros na iminência da morte não façam transfusão de
sangue. As que apoiam atos terroristas, ou chacina étnica como ocorre
principalmente na África. As que fazem “trabalhos” para destruir
relacionamentos, e até para matar pessoas.
·
Aquelas que não respeitam à liberdade
humana, maltratam às mulheres, fazem com que vivam aprisionadas e sem quaisquer
direitos, e até quando são estupradas as mesmas são consideradas culpadas.
·
Aquelas que compactuaram e justificavam no
passado a escravidão, seja na América Portuguesa, Espanhola ou Inglesa. Que
trataram por séculos o negro como mercadoria, diziam que os mesmos não eram seres
humanos, mas animais; chamavam-nos de peças, diziam que os escravos não tinham
alma, não os evangelizava e nem os permitiam entrar nas suas igrejas. O triste
é perceber que hoje milhões de negros frequentam seus cultos e missas por não
conhecerem seu passado histórico.
·
Aquelas que fazem do povo trampolim de
enriquecimento da sua liderança. Não respeito as religiões e líderes que fazem
do povo negócio. Os fiéis são usados para o enriquecimento da casta sacerdotal.
São espoliados, iludidos por falsas promessas de prosperidade. Não posso
respeitar religião e igrejas que mercadejam esperança! Fazem cultos, campanhas
e eventos cujo fim não é a vida humana, mas levantamento de fundos.
·
Aquelas preocupadas com templos
ornamentados e confortáveis, mas não com a vida humana. Não respeito religiões
que tem seus templos suntuosos, enquanto parte significativa da sua membresia
não tem o que comer. Já dizia uma canção da Banda Catedral: “Não vamos
construir mais templos ricos e deixar crianças morrerem de fome, se preocupar
com ouro e o granito enquanto o mais próximo não come”. Inverteu-se a lógica:
estão amando as coisas e usando as pessoas, deveria ser o contrário, amar as
pessoas e usar as coisas.
·
Aquelas
que fazem de seus componentes mero instrumento político. Não há como respeitar
líderes e religiões que usam os fiéis como curral eleitoral. Que fazem de seus
púlpitos palanques para canalhas. E de seus membros-ouvintes massa eleitoral.
·
Aquelas que perseguem minorias. Não
respeito religiões que fazem verdadeiro tribunal do “Santo Ofício”
(Inquisição), com aqueles que pensam diferentes ou que têm opção sexual
distinta da maioria. A religião que não consegue amar além do discurso, é
hipócrita e equivocada em sua missão.
Respeitar
denota um sentimento de apreço e estima a uma pessoa ou uma entidade. Também
denota ações e condutas específicas daquela estima. Por essas religiões,
líderes e igrejas que possuem as características descritas acima, a única coisa
que lhes atribuo é minha total falta de apreço e respeito!!